Valdo, Americano e pormenores

 Vi uma reportagem no Globo Esporte desta quarta-feira que me deixou muito satisfeito. A reportagem foi com o ex-jogador Valdo, atual técnico do Serra Macaense, que está disputando a Copa Rio. Por coincidência, o time do Valdo, o Serra Macaense, e consequentemente o próprio Valdo, estiveram aqui em Campos hoje para jogar com o Americano.

O Serra Macaense perdeu o jogo por um a zero e Valdo não deve ter ficado satisfeito. Eu, orientado pelo amigo Check, com quem fui ao jogo, onde encontrei outro amigo, o Cássio, colaborador aqui do blog e que está devendo uma postagem; enfim Check me orientou a não procurar Valdo para falar com ele. Pois, segundo Check, técnico sai de cabeça quente após uma derrota. Os jogadores podem até não ligar. Acredito nisso. Afinal, Valdo é um cara sério e não deve aceitar normalmente uma derrota.

Certa vez fui falar com o zagueiro Sandro, outro que, assim como Valdo, ajudou o Botafogo a voltar para a primeira divisão do Brasileiro. Ele havia saído de uma derrota do Santa Cruz, de Pernambuco, para o mesmo Americano, numa partida pela Copa do Brasil. O adversário do vencedor de Americano e Santa Cruz seria o Botafogo. E perguntei a Sandro como seria se o Santa Cruz passasse de fase e ele tivesse de enfrentar o Botafogo. Ele respondeu que tinha um sentimento tão forte pelo Botafogo que nunca seria capaz de fazer um gol contra seu ex-time.

Agora voltando ao Valdo e fazendo relação com a conversa que eu tive com Sandro, apesar de não ter tido a oportunidade de falar com Valdo hoje, o que me deixou imensamente satisfeito foi o fato de Valdo ter dito na tal reportagem do Globo Esporte que o clube onde ele mais gostou de jogar foi no Botafogo. Lembro que na despedida dele do futebol, no jogo contra o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, em que arrancamos um empate com um gol de Schwenck e nos livramos do rebaixamento, a imagem que ficou foi de Valdo sendo carregado pelos jogadores, que fizeram uma volta olímpica.

Se estivesse com Valdo hoje agradeceria a ele por tudo que ele fez pelo Botafogo, mesmo numa fase difícil para nós, mas que ficou marcada como o resgate da dignidade. Valdo, muito obrigado, meu ídolo! Sim. Pois Valdo é meu ídolo. Um dos melhores jogadores que vi jogar com a camisa do Glorioso. Sucesso meu filho na carreira de treinador. Hoje infelizmente tive de torcer contra você, pois estava em campo o alvinegro de Campos, clube pelo qual nutro simpatia por ter as mesmas cores do meu Botafogo. Todos sabem que eu sou Roxinho, mas em Campos, na ausência do Campos no profissional, torço para todos os times da cidade. Minha alegria é ver a cidade prosperar no esporte.

A reportagem sobre Valdo da qual falei pode ser vista neste link aqui.

Escrito por Wesley Machado.