Minutos antes do jogo chega uma mensagem do Maurício pelo
WathsApp perguntando sobre o samba de 89. Explico: No lançamento do livro do
amigo PC Guimarães semana passada em General Severiano, conheci o ídolo do
Botafogo, autor do gol do título que acabou com um jejum de 20 anos. Comentei com ele que a música,
Samba do Senta, que tocava no som ambiente do evento era de autoria
minha. Ele gostou tanto que pediu que eu fizesse uma sobre 89.
Chego à casa dos meus pais e a partida já havia iniciado há
um minuto. Ouço uma voz grossa e percebo que é ele, Paulinho Criciúma, quem
está comentando. O Botafogo tem uma história com Criciúma, a cidade. Na Taça
Brasil de 68, que só acabou em 69, com o Fogão campeão, o time da estrela
solitária teve um embate com o Metropol, equipe da cidade catarinense. Os
detalhes vocês podem pesquisar na internet. O que ficou de folclore foi que o Metropol,
eliminado pelo Botafogo, depois de ser goleado, ganhar um jogo, ver um jogo
interrompido e marcado para o dia seguinte, no qual não pôde comparecer, pois
bem, o Metropol, de Criciúma, teria jogado uma praga no Botafogo, semelhante à que Arubinha, do Andaraí, jogou no Vasco. E este seria o motivo do Botafogo ter
ficado 20 anos sem conquistar um título oficial.
Mas quanto ao jogo deste sábado, tem mais um fato curioso.
Apareceu no estádio um senhor muito parecido com o Nilton Santos. E foi para
ele, Nilton Santos, que eu rezei quando Zeballos partiu para cobrar o pênalti
resultante em boa jogada de Wallyson após pela saída de bola de Jéfferson. O paraguaio bateu bem e fez. Antes, o Botafogo havia levado uma bola na trave. No que minha
irmã, que assistia ao jogo comigo, meu pai e o cachorro Biriba, comentou: “É, o
Botafogo hoje está com sorte”.
Sim, sorte porque o garoto Sidney, que estava perdido em
campo e já havia levado o cartão amarelo no 1º tempo, voltou para o 2º tempo e
não foi expulso. Lembrando que nos últimos jogos, o Botafogo sempre teve um
jogador expulso no início do 2º tempo. Sidney acabou sendo substituído discretamente
quando o Botafogo sofreu o gol de empate, em outro pênalti, cometido pelo
argentino Bolatti, que não viu o adversário antecipar-se a ele, errou o chute e
derrubou-o na área. Penalidade bem cobrada pelo veterano Paulo Baier, de quase
40 anos, que adora marcar contra o Botafogo.
O Criciúma ainda teria um gol mal anulado, do mesmo Paulo
Baier, que estava em posição legal, mesma linha, ou até mesmo atrás. André
Bahia foi esperto, recuou e deixou Paulo Baier à frente, depois da bola sair do
pé do adversário. E, ainda bem, o bandeirinha marcou, compensando os erros
recentes contra o Botafogo. Empate fora de casa, mas a pontuação ainda é muito
aquém. Apenas um ponto no segundo turno. Pelo menos encerramos a série de
derrotas seguidas. Teremos dois jogos consecutivos no Maracanã, quinta, às
19h30, contra o Goiás; e domingo, às 16 horas, contra o Grêmio. Hora de nos recuperarmos para chegarmos mais tranquilos e com mais apoio da torcida para o 1º confronto contra o
Santos pela Copa do Brasil, dia 1º de outubro, também no Maracanã.