sábado, 20 de junho de 2020

Numerologia e o sonho realizado de conhecer os campeões de 1989 do Botafogo

Foto: Vítor Silva/Botafogo
Nasci no dia 23 de junho de 1981. Aos sete anos de idade, no dia 7 de maio de 1989 virei botafoguense. O Botafogo perdia para o Flamengo por 3 a 1. Meu avô materno, Egenildo, flamenguista, já havia me dado uma camisa do Flamengo e me fotografado com ela. Mas naquele dia ouvia o jogo pelo radinho com meu pai botafoguense, Fernando. O Botafogo empatou a partida com dois gols no finzinho, de Gonçalves, então jovem zagueiro do Flamengo, contra; e Vitor, que apesar de depois ter se declarado botafoguense, havia sido revelado pelo Flamengo. Aquele empate mudou meu destino. Eu cheguei a fazer um desenho eu queimando a camisa do Flamengo e escrito: Agora eu boto fogo!

Contrariei a máxima do hino rubro-negro que diz: “Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer”. Naquele 7 de maio de 1989 nascia um botafoguense. Pouco mais de um mês depois eu comemorei, já como botafoguense, o título do campeonato carioca em cima do Flamengo. A conquista acabou com um jejum de quase 21 anos sem títulos oficiais do Botafogo. O último havia sido da Taça Brasil de 1968, que teve a final disputada em 1969. O Botafogo foi campeão no dia 21 de junho, o jogo começou às 21 horas, o placar eletrônico do Maracanã marcava a temperatura de 21 graus, o cruzamento para o gol do camisa 7, Maurício, foi feito pelo ponta Mazolinha, número da camisa 14. Repare que o número 7 de Garrincha aparece desde o 3 a 3 no dia 7 de maio, depois com os múltiplos 14 e 21.
Na sexta-feira, dia 21 de junho de 2019, fui ao Rio de Janeiro para o evento comemorativo dos 30 anos do título de 1989 do Botafogo, na sede do clube em General Severiano. O evento contou com a presença dos jogadores campeões. Foi um dia histórico! Realizei o sonho de conhecer os personagens da grande conquista, que os que não são botafoguenses não têm a dimensão do que representa. Na ida comprei a passagem de ônibus no valor de R$ 89,37 e o atendente me deu como opção o assento número 12, tempo do gol de Maurício e 21 ao contrário. Na volta, peguei o ônibus de 23h07. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Texto publicado originalmente no dia 23 de junho de 2019 aqui no Blog Estrela Solitária no Coração

domingo, 7 de junho de 2020

Em 95, Botafogo foi campeão brasileiro graças ao goleiro negro Wagner



O jogo final do Brasileiro de 1995, reprisado neste domingo (07/06/2020) pela Rede Globo de Televisão, consolidou ainda mais a importância do goleiro Wagner para a conquista do título do Botafogo. Wagner fez pelo menos três grandes defesas no segundo tempo após o Santos empatar a partida no início da segunda etapa e pressionar até o apito final de Márcio Rezende de Freitas.

Se o árbitro foi muito criticado por sua atuação ao validar o gol impedido de Túlio Maravilha, não anular o gol de Marcelo Passos para o Santos depois de Marquinhos Capixaba conduzir a bola com a mão e anular o gol de Camanducaia do Santos após lance duvidoso, o mesmo não pode se dizer de Wagner, que teve uma atuação irrepreensível.

Wagner era muito questionado no Botafogo e não fosse a sua atuação de gala na final não seria tão respeitado como é na contemporaneidade. Um dos goleiros que mais vestiram a camisa do Botafogo, Wagner está na galeria dos maiores ídolos do clube. Wagner seguiu a tradição de goleiros negros do Botafogo, desde Adalberto e Manga, passando por Ubirajara Alcântara, Zé Carlos e Borrachinha, até mais recentemente com os goleiros negros Max e Jefferson, que mantiveram a tradição do Botafogo.

A posição de goleiro já é uma posição difícil, onde o goleiro é o único que não pode falhar. A cobrança é ainda maior quando o goleiro é negro e vive a síndrome de Barbosa, goleiro negro que morreu sendo culpado pela derrota da Seleção Brasileira para o Uruguai na Copa de 1950. Portanto, Wagner conseguiu mostrar em campo que era capaz e marcou seu nome na história, apesar da desconfiança de muitos torcedores, dirigentes e imprensa, que o discriminavam por conta da cor da pele dele.

Wagner venceu na vida. Mas mesmo depois de ser Campeão Brasileiro pelo Botafogo como o melhor jogador em campo na final, foi crucificado com uma história de que ele era míope e não enxergava à noite. Conviveu anos com a perseguição de torcedores, dirigentes e imprensa, que o acusavam de falhar em jogos à noite. Depois de quase 10 anos de Botafogo, saiu do clube “de forma meio melancólica”, como afirmou em entrevista. Espera-se que quase 25 anos depois da atuação salvadora do goleiro negro Wagner, que garantiu o título brasileiro do Botafogo, e agora com o tema do racismo mais em evidência, ele seja mais reconhecido como grande goleiro que foi.

Escrito pelo Jornalista Wesley Machado

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Goleiro Wagner, campeão brasileiro pelo Botafogo, torce pelo futuro do clube como empresa

O goleiro Wagner jogou quase uma década no Botafogo (Foto: O Globo)

O goleiro campeão brasileiro de 1995, Wagner, que jogou de 1993 a 2002 no Botafogo, tornando-se um dos goleiros que mais vestiu a camisa do clube, conversou com o jornalista botafoguense Wesley Machado nesta segunda-feira (18/05). Na entrevista realizada por WhatsApp, Wagner comentou sobre o título do Brasileiro de 1995, quando fechou o gol na final contra o Santos; sobre o título do Carioca de 2010, quando ele era um dos treinadores do goleiro Jefferson; e sobre o Projeto Botafogo Empresa liderado pelo eterno presidente Carlos Augusto Montenegro.

- A final de 95 foi um jogo que marcou a minha vida. O Campeonato Brasileiro foi marcante. Foi minha primeira conquista como jogador de futebol, deu uma alavancada na carreira dos mais jovens e consolidou os mais experientes - destaca Wagner

De 2009 a 2010 Wagner trabalhou como preparador de goleiros no Botafogo, quando foi Campeão Carioca de 2010 treinando o goleiro Jefferson.

- Eu sou Botafogo. Torço para o clube se reerguer, voltar a ganhar títulos, dar alegria à nossa torcida maravilhosa. Tenho vontade de voltar a vestir a camisa do Botafogo, mas respeito os profissionais que estão lá. Quando o Jefferson voltou em 2009 eu era o treinador de goleiros - conta Wagner, que ajudou a treinar o goleiro Jefferson na conquista do Carioca de 2010.

Sobre o Projeto do Botafogo Empresa, Wagner torce para que dê certo. "A torcida é grande. O Botafogo tem de se reerguer. Torço para que o Montenegro consiga montar uma equipe para dar alegrias aos nossos torcedores. O Montenegro tem capacidade. Ele e o grupo que está à frente do Projeto de Clube Empresa do Botafogo estão trabalhando e, tenho certeza, que têm totais condições de montar um time para fazer o Botafogo voltar a disputar títulos. Isto que nós torcedores estamos querendo. Mas temos de ter paciência - afirma o ídolo e torcedor do Botafogo, Wagner.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Ex-Zagueiro Wilson Gottardo declara-se a favor do Botafogo Empresa: "É o início de um novo tempo do clube"


Gottardo foi Zagueiro, Capitão e Campeão no Botafogo
O ex-zagueiro, capitão e campeão do Botafogo, Wilson Gottardo, participou de uma Live nesta sexta-feira (08/05) com o jornalista botafoguense Wesley Machado pelo Instagram. Na oportunidade, Gottardo falou sobre os títulos dos Cariocas de 1989 e 1990, destacando a importância de Espinosa e Emil Pinheiro; o Brasileiro de 1995, com destaque fundamental para Autuori e Montenegro; e a Taça Teresa Herrera de 1996. Mas Gottardo também opinou sobre assuntos atuais. Ele se mostrou favorárel ao Projeto Botafogo Empresa.

- O Botafogo está fazendo a transição de clube sem fins lucrativos para uma S/A, vamos torcer que seja melhor para o clube, pode fugir de uma coisa que é uma paixão. Mas um clube com uma dívida de quase um bilhão precisa trazer investimento, precisa de um aporte inicial de 200 milhões, recomeçar, renegociar, pagar todo mundo que está na justiça, fornecedores, equacionar com dinheiro, tem de ter grana para trazer Yaya, Robben, Mikel, jogadores de expressão parar ter uma repercussão maior no Brasil e fora do Brasil. É o início para um novo tempo do clube. Futebol não é só financeiro, porém Futebol tem de ser feito por quem entende de futebol”, afirmou Gottardo.

Reportagem: Wesley Machado 

Assista ao vídeo da LIVE de Wesley com Gottardo na íntegra: 




domingo, 3 de maio de 2020

Consciente, Ex-Jogador Sandro afirma: “Uma volta do futebol pode acarretar em muitas mortes por esse Coronavírus e não vai ter controle”

Foto: Instagram @sandrocunha3
O ex-jogador de futebol, Sandro, que foi zagueiro de Botafogo, Santos, Sport, Santa Cruz, entre outros clubes, mostrou consciência ao comentar sobre uma possível volta do futebol. Sandro, que tem negócios relacionados a futebol em Recife onde mora, demonstrou estar bem consciente em relação aos problemas que uma volta do futebol poderia ocasionar em meio à Pandemia do Coronavírus. A entrevista foi concedida ao jornalista Wesley Machado (@wesleyb.machado) em LIVE na quarta-feira (29/04) no Instagram.

- A vida ela tá tão difícil com esta pandemia terrível aí, que isso aí veio direto do inferno, pode ter certeza, e só Deus vai mandar a cura deste negócio. É terrível esta doença. Eu tenho esperança numa vacina.  Porque acabar esta pandemia vai ser muito difícil. Infelizmente está morrendo muita gente, a gente fica muito triste com isso, muita gente perdendo emprego, muitas empresas fechando, muita gente passando fome e necessidade, essa é a realidade. Então quando a gente pensa em voltar futebol, eu acho que a gente tem de ficar quieto e pensar primeiro numa vacina, primeiro em cuidar de vidas, das pessoas. No Brasil já morreu mais de 5 mil. Então você imagina voltar, mesmo sem torcida, quem vai gostar disto é a televisão, que o povo vai ficar em casa assistindo ao vivo, então a audiência vai ser enorme. E a gente sabe que o futebol envolve muito dinheiro, envolve muitos interesses, em todos os aspectos, de pessoas que trabalham diretamente e indiretamente com o futebol. Mas nós temos de saber que uma volta do futebol pode acarretar em muitas mortes por esse Coronavírus e não vai ter controle. Então eu acho que o principal que tem de fazer é a CBF socorrer os clubes neste momento, os jogadores entenderem a condição financeira dos clubes, mas sei que não vai ser fácil, e tentar chegar a um acordo e se resolverem.  E primeiro pensar numa cura desta pandemia para depois sim pensar em futebol. Acho que não é hora de pensar em futebol não – disse Sandro.

- Eu queria muito que voltasse. Eu tenho campos sintéticos aqui em Recife. Eu estou tendo um prejuízo tremendo na minha vida financeira. Mas eu tenho que me preocupar é com as vidas, eu não tenho de me preocupar que eu vou passar um pouco de dificuldade ou que vou decair um pouco mais meu rendimento mensal. Problema. Mas como eu posso ter jogo nos meus campos sintéticos, nas minhas quadras de futevôlei? Quantas pessoas ali eu posso matar? Eu posso matar. Eu posso. Porque eu vou estar abrindo um espaço onde eles vão pegar doença  e vão levar para casa e vão botar nos seus pais, seus avós e aí eu fui um dos grandes responsáveis por isto. Indiretamente ou diretamente. Porque eu abri um espaço que tem contato físico – falou o ex-jogador, que também chegou a trabalhar como gerente técnico e técnico de futebol.

Assista ao vídeo da LIVE na íntegra:


sábado, 2 de maio de 2020

Loco Abreu conta que parou de fazer a cavadinha por causa de comentarista que o criticou

Foto: Twitter
O eterno ídolo do Botafogo, artilheiro Loco Abreu, participou de uma LIVE no início da tarde deste sábado (02/05) pelo Instagram do jornal esportivo espanhol, Marca. Na oportunidade, o histórico camisa 13 botafoguense voltou a falar da famosa cavadinha contra o Flamengo em 2010 e o porquê de ter parado de fazer a tradicional "panenka", como é chamada em espanhol.

- Eu já havia feito a "panenka" pela seleção do Uruguai contra o Brasil na Copa América de 2007. É uma coisa antiga. Depois fiz em 2010 pelo Botafogo contra o Flamengo na final do Carioca e nas quartas de final da Copa do Mundo pelo Uruguai contra Gana. Mas parei porque em 2011 perdi um pênalti assim pelo Botafogo contra o Fluminense, depois até fiz um gol, mas quando cheguei em casa à noite e fui ver o VT do jogo, vi que um comentarista havia me crucificado por ter feito a cavadinha e ter perdido o pênalti - contou Loco, duas semanas após os 10 anos da data que ficou conhecida como 18 de Abreu.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Ex-Zagueiro Sandro revela bastidores do rebaixamento do Botafogo em 2002: "O time caiu porque ninguém recebia"

O ex-zagueiro e capitão do Botafogo, Sandro, participou na noite de quarta-feira (29/04) de uma Live no Instagram com o jornalista botafoguense Wesley Machado. Na oportunidade, Sandro, que jogou de 1999 a 2004 no Botafogo, abordou sobre vários assuntos, como o rebaixamento em 2002, a disputa da Série B em 2003 e a volta à 1ª divisão.

Sandro explicou o porquê de tanta indignação após sair expulso no jogo contra o São Paulo que rebaixou o Botafogo em 2002. “O sentimento era de revolta, indignação e tristeza. O time caiu porque ninguém recebia. Eu gostava de jogar no Botafogo. Claro que a gente tem de pagar as contas. Mas eu queria estar em campo. Eu jogava por amor ao Botafogo. Mas não pude jogar muitas partidas em 2002 por causa da cirurgia que fiz no joelho. Só que muitos ali não estavam preocupados com o Botafogo. No jogo contra o Guarani na penúltima rodada alguns jogadores forçaram a expulsão para não jogar a última partida. Teve jogador que chegou com gesso na perna sem ter nada. Eu, mesmo machucado, pedi para jogar o último jogo. O Botafogo ficou cinco meses com os salários atrasados e os dirigentes deram esse direito aos jogadores”.

Perguntado sobre o fato dele ter sido um dos poucos jogadores que ficaram do time que foi rebaixado em 2002 para a disputa da Série B, Sandro disse: “Era uma obrigação minha. A gente tinha levado o clube ao rebaixamento, mesmo, repito, eu não tendo jogado muitas partidas em 2002 por causa da cirurgia que fiz no joelho. Fiquei 2000, 2001 e 2002 muito tempo lesionado. Aí eu pedi ao Bebeto e ao Levi para disputar a Série B de 2003. Fiquei e graças a Deus a gente subiu o time para a 1ª divisão. Limpei a ficha, tirei um peso das costas. Era um time muito experiente, uma equipe de guerreiros, sem muita condição financeira. O que prevaleceu naquela Série B não foi dinheiro, foi a vontade de colocar o Botafogo na 1ª divisão. Só subiam dois e o quadrangular foi muito difícil, mas a gente conseguiu colocar o Botafogo  de volta onde nunca deveria ter saído”.

Sandro contou que o gol contra o Marília no jogo do acesso foi o mais importante da carreira dele. Ele revelou que a batida no braço que ficou eternizada foi uma promessa. “Em 99 eu fiz um gol contra o Flamengo. O Botafogo como sempre brigando para não cair. Botafogo não, os dirigentes brigando para não cair. Porque o Botafogo não é para brigar para não cair. O Botafogo, a instituição, não tem culpa de nada. A culpa é dos maus dirigentes. Aí eu fiz o gol de falta e bati no braço e gritei: ‘Segunda não. Botafogo é primeira’. E naquele ano o Botafogo não caiu”.

Sandro falou sobre o estádio Caio Martins em Niterói-RJ, que foi anunciado nesta semana que deverá ser devolvido em 2021: “Eu gostava de jogar no Caio Martins. Mas eu preferia jogar no Maracanã. O Maracanã é encantador. Mas na Série B o Caio Martins foi muito importante”.

Quanto ao fato de ter declarado que queria ter começado, ter ficado mais tempo e encerrado a carreira no Botafogo, Sandro comentou: “Eu queria ser igual Nilton Santos, que começou e terminou a carreira no Botafogo. Eu queria ter tido este privilégio. Quando eu estava em Portugal, o pessoal queria que eu voltasse para o Botafogo, mas meu futebol já tinha caído e eu não estava mais à altura para jogar no Botafogo. Eu amo esse clube. O Botafogo é diferente. Aprendi a amar o Botafogo no sofrimento. Fui escolhido”.

O ex-zagueiro comentou ainda sobre o fato de sua imagem estar pintada no tradicional muro de General Severiano. “Não paguei para estar ali. Nenhum ali pagou para estar. A maior conquista da minha vida é estar naquele muro”.

Sobre a votação do site Globoesporte.com, em que foi escolhido o 5º melhor jogador do Botafogo no século XXI com mais de 6 mil votos pela internet, Sandro disse o seguinte: “Fiquei muito feliz. Ser escolhido o melhor zagueiro de Botafogo em 20 anos. Não esperava. Estou lá. Agradeço à galera do Fogão”.

Assista à LIVE completa:


quarta-feira, 29 de abril de 2020

Live com o ex-zagueiro do Botafogo, Sandro, nesta quarta-feira, às 19 horas, no Instagram


O ex-zagueiro e capitão do Botafogo, Sandro, vai participar de uma Live nesta quarta-feira (29/04), às 19 horas, no Instagram com o jornalista botafoguense Wesley Machado. A Live com o Sandro poderá ser assistida pelos perfis de Sandro (@sandrocunha3) ou de Wesley (wbmachado) no Instagram. Serão selecionadas as melhores perguntas enviadas pelos participantes da Live, que serão repassadas ao entrevistado com o registro do nome do autor da pergunta.

Sandro, que assumiu o Botafogo como time do coração, se tornou ídolo da torcida botafoguense pela raça, entrega e vontade demonstrada dentro de campo e após ajudar o time a voltar para a primeira divisão em 2003, quando marcou oito gols, muitos deles de falta, sua especialidade que era a cobrança forte de longe. Sando jogou de 1999 a 2004 no Botafogo. Recentemente, ele foi escolhido, em votação do site Globoesporte.com, o quinto melhor jogador do clube no século XXI. A imagem de Sandro está pintada no tradicional muro em frente à sede do clube em General Severiano, junto dos jogadores que marcaram época na história do Glorioso.

O jornalista e escritor botafoguense Wesley Machado participou da coletânea de crônicas oficial do Botafogo"A Magia do 7" e tem um livro com textos sobre o Botafogo ("Botafogo, Roxinho e outros textos sobre futebol") lançado recentemente. Ele foi premiado três vezes no Botafogo (2011, 2013 e 2015), duas delas pelo clube e uma vez pela Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj). Wesley é idealizador, administrador, editor e autor do Blog Estrela Solitária no Coração, um dos blogs sobre o Botafogo há mais tempo em atividade, no ar desde 2009. O jornalista também mantém a página Coleção Botafogo no Facebook.

domingo, 26 de abril de 2020

No Dia do Goleiro, Homenagem ao Maior Goleiro da História do Botafogo, Grande Ídolo Jefferson

Neste 26 de abril, data em que se comemora o Dia do Goleiro, homenageio o que considero o maior goleiro da história do Botafogo, o grande Jefferson, que ficou mais de 10 anos no clube!

Jefferson chegou ao Botafogo em 2003 quando o time disputava a Série B. Foi fundamental para evitar um novo rebaixamento em 2004. Em 2005 saiu para jogar no Futebol Turco.

Voltou em 2009. E em 2010 foi decisivo na final do Carioca daquele ano ao defender um pênalti e ajudar o Botafogo a ser Campeão!

O sucesso no Botafogo o fez ser convocado para a seleção brasileira. Em 2013 foi mais uma vez Campeão Carioca com o Botafogo! Foi convocado para a Copa do Mundo de 2014, onde viu do banco de reservas a seleção levar de 7 a 1 da Alemanha.

Assumiu a titularidade da seleção após a Copa no Brasil e representou o Botafogo, então na Série B de 2015. Como titular da seleção, permaneceu no Botafogo mesmo na 2ª divisão.

Em 2018, após ser outra vez Campeão Carioca com o Botafogo, decidiu encerrar a carreira aos 35 anos.

Jornalista Wesley Machado

Confira o vídeo do Canal Botafogo Vídeos com Defesas e Momentos do Maior Goleiro da História do Botafogo, o Ídolo Jefferson!

sábado, 25 de abril de 2020

Jornalista japonês que mora no Brasil afirma: "Com chegada de Honda nome do Botafogo ficou bem mais conhecido no Japão"

Honda na estreia dele pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O site do Lance publicou neste sábado (25/04) uma reportagem sobre um possível e relativo efeito no Japão da contratação de Honda pelo Botafogo. O repórter Sergio Santana entrevistou Hiroaki Sawada, jornalista japonês que mora no Brasil.

- A repercussão no Japão foi muito grande. O Botafogo é um dos quatro maiores clubes do Rio de Janeiro e está no G12 do país. No Japão, muitas pessoas acompanham o futebol carioca por conta do Zico. Com a chegada do Honda o nome do Botafogo ficou bem mais conhecido no Japão, com certeza. Saiu em vários lugares. Para nós é muito bom poder divulgar o futebol brasileiro a partir do Honda - afirmou Hiroaki.

A contratação de Honda foi anunciada pelo Botafogo no dia 31 de janeiro de 2020. O atleta se apresentou ao clube no dia 7 de fevereiro de 2020, iniciou os treinos e estreou pelo Botafogo no dia 15 de março de 2020 com um gol de pênalti contra o Bangu no estádio Nilton Santos. Esta foi justamente a última partida antes da quarentena.

A reportagem do Coleção Botafogo ouviu Claudio Tadashi, brasileiro, pesquisador do futebol, que mora no Japão. Ele contou que um post de Honda sobre o Brasil no dia 12 de abril no Twitter repercutiu no Japão. “O Honda lamentou que os brasileiros estivessem saindo às ruas em meio à pandemia. E a notícia repercutiu aqui”, disse Tadashi.

Com uma foto de uma aglomeração numa manifestação de apoiadores ao presidente Bolsonaro, Honda escreveu o seguinte em tradução do Google: “Esta é a situação no Brasil onde estou agora. A realidade é que muitas pessoas dizem que o colapso econômico é uma crise com risco de vida e não a nova Corona. Você não sabe a resposta correta quando isso acontece”, postou o atleta do Botafogo.

Tadashi lembra ainda que Honda é garoto propaganda de uma famosa marca de refrigerante no Japão. “Já há um tempo e continua sendo. Tem uma propaganda onde ele desafia a pessoa a jogar jokenpo, que é o nosso pedra, papel e tesoura”, informa o brasileiro que mora no Japão e tem um Podcast sobre Futebol Carioca, o Camisa Oito, nome em homenagem a Didi, que jogou no Botafogo e é natural de Campos dos Goytacazes-RJ, onde Tadashi morou por alguns anos.

Reportagem: Wesley Machado (Com informações do Lance)

quinta-feira, 16 de abril de 2020

A decisão de 68 e a bandeira que quase não fica pronta



O ano era 1968, de um lado o Botafogo do técnico Zagalo com: Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César;

Do outro a equipe do Vasco que, se fizesse uma busca no Google escalaria aqui, mas para ser fiel, lembro do Buglê, Ferreira, Brito, Fontana e o Nado.

Aos oito anos, não tenho na memória outro jogo antes deste, talvez por ter sido um jogo decisivo. Lembro na sequência de Botafogo 4 x 1 Flamengo, decisão da Taça Guanabara, também em 1968.

Durante as horas que antecederam a partida contra o Vasco, foi se instalando um clima eufórico na minha casa.

Meu pai, que era um torcedor contido e minha mãe, que até então se dizia flamenguista, conversavam sobre o jogo durante o almoço daquele domingo.

Minhas irmãs e eu fomos nos envolvendo com aquele clima. Que horas é o jogo, pai? Percebendo o nosso interesse, nossa mãe ‘inventou’ de costurar uma bandeira branca e preta.

Faltavam poucas horas para o início do jogo, embora eu sempre tenha convivido com uma máquina de costura ELGIN encostada em um dos quartos, não era comum minha mãe sentar e costurar.

Mas lá estava ela com a garra das costureiras do barracão do Salgueiro, lá estava ela envolvida com agulhas e dedais, retalhos e linhas, costurando a bandeira que seria hasteada, como a vitória dos expedicionários brasileiros em Monte Castelo e Montese.

Faltando alguns minutos para o jogo começar e com a voz de Waldir Amaral no rádio; com minha mãe acelerando o pedal da máquina como quem precisa pegar velocidade para saltar em voo livre;

Com meu pai, supersticioso, duvidando de que a bandeira estaria pronta antes do jogo; com a nossa tensão crescendo diante de um desastre anunciado, finalmente, minutos antes do juiz apitar, minha mãe gritou:

Está pronta! A bandeira está pronta!

O Botafogo venceu por 4x0 e foi campeão carioca.

Depois do jogo corremos com a bandeira pela calçada e ela virou um símbolo que, por anos, ficou na parede do meu quarto.

Depois desse jogo minha mãe se transformou na maior botafoguense da família.

Ricardo Mezavila




terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Brasileiro que mora no Japão dá dicas sobre Honda, possível nova contratação do Botafogo

Foto: Site Oficial Honda Estilo
O brasileiro que mora no Japão e entendido de futebol, sansei (neto de japonês) Claudio Tadashi, falou ao Blog Estrela Solitária no Coração sobre o meia japonês Keisuke Honda, de 33 anos de idade, que está próximo de fechar com o Botafogo.

Segundo Tadashi, Honda é um meia que jogava centralizado até ir para o Milan, onde passou a jogar como meia direita ou ponta. “Agora só joga pelas pontas, já jogou pela esquerda e pela direita”.

Ainda de acordo com o brasileiro radicado no Japão, Honda já afirmou gostar de usar camisa com números mais baixos, tanto que chegou a querer usar a camisa 1. “Ele usou a camisa 4 na seleção japonesa e a camisa 2 no Pachuca do México. No Milan foi camisa 10 e no CSKA da Rússia ele foi 7 por um tempo. Mas acho que ele prefere a camisa 4 mesmo. Na época que ele pediu a camisa 4, ele disse que queria jogar com a camisa 1, mas não deixaram. Talvez ele tenha ficado com a camisa 4 porque era a que tinha disponível”, informou Tadashi.

Tadashi informou também que Honda deixou de jogar na seleção japonesa depois da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, onde ficou no banco de reservas, mas chegou a marcar um gol no jogo contra Senegal, sendo importante na campanha. “Parece que ele quer disputar as Olimpíadas de 2020 no Japão. Tomara que isso o motive”.

O descendente de japonês trouxe uma curiosidade sobre Honda. Tadashi informou que a empresa que cuida da carreira do atleta, a Honda Estilo, adquiriu em 2015 49% dos direitos do SV Horn, da Áustria, que em 2016 subiu da terceira para a segunda divisão austríaca.

Para terminar, Tadashi, faz uma sugestão para o Botafogo se for confirmada a contratação. “O Botafogo deveria vender camisas do Botafogo aqui no Japão. Normalmente aqui no Japão vendem-se camisas dos times europeus com jogadores japoneses. Honda ainda deve ser um dos jogadores com maior potencial publicitário no Japão”, afirma.

Opinião do blogueiro: Aos 33 anos de idade, Honda parece ter ainda muito a dar ao futebol. Além de agregar tecnicamente dentro de campo, Honda pode dar ao Botafogo ainda mais visibilidade lá fora, principalmente na Ásia, de onde espera-se possam vir os investimentos na Empresa Botafogo, que na verdade, pelo que já foi dito, não será uma S/A (Sociedade Anônima) e sim uma SPE (Sociedade de Propósito Específico).

Segundo informações Honda já estaria acertado com o Botafogo, mas o atleta teria despistado no Twitter porque ainda não teria assinado o contrato. Portanto, ainda não é oficial, mas em breve Honda pode ser anunciado como atleta do Botafogo.