segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Próximo compromisso

Antes do jogo contra Sport pelo Brasileiro, o Botafogo enfrenta o Atlético Paranaense pela Sul-Americana na próxima quarta-feira, às 21h50, na Arena da Baixada. A partida será transmitida pela tv aberta. O técnico Estevam Soares deve colocar em campo um time misto. Com a ida de Castillo para a Seleção Uruguaia, o goleiro Jéfferson deve estrear. O lateral direito Alessandro pediu para ser poupado. Por sua vez, Leandro Guerreiro vai paro o jogo. O autor do gol salvador contra o Grêmio é o único jogador que atuou em todas as partidas do Botafogo no ano.

Confrontos Diretos

Os próximos jogos do Botafogo no Campeonato Brasileiro são contra adversários diretos na luta contra o rebaixamento. No próximo sábado, às 18h30, o confronto será com o Sport na Ilha do Retiro. O Leão do Norte tem 17 pontos, cinco a menos do que o alvinegro. No domingo, dia 13, acontecerá o clássico vovô contra o Fluminense, que tem 16 pontos. Como, pelo que se tem visto, a briga vai ser para não cair, o time da estrela solitária precisa da vitória nesses jogos se quiser se livrar da degola.

Números do Botafogo

O Botafogo não sabe o que é vencer há 7 jogos. A última vitória do time da estrela solitária foi no dia 1º de agosto, contra o Barueri, que na época era comandado pelo técnico Estevam Soares. O mesmo Estevam chegou ao clube após a derrota do Botafogo para o Atlético-PR no Engenhão. Já dirigiu a equipe em 5 jogos e ainda não conseguiu nenhuma vitória. Mas obteve bons resultados, como os empates em 1 a 1 com o Palmeiras, na estreia; e o 3 a 3 com o Corinthians, ambos fora de casa. Por coincidência ou não, os resultados de 1 a 1 e 3 a 3 foram repetidos contra Cruzeiro e Grêmio, respectivamente, em casa.

Mauro Beting: "Botafogo é o mais prejudicado pelas arbitragens neste Brasileirão"

Mauro Beting, respeitado jornalista e comentarista esportivo, diz em sua coluna no portal Yahoo que não há time mais prejudicado pela arbitragem neste Brasileirão que o Botafogo. Pelas contas dele, a equipe "perdeu" nove pontos em erros dos homens do apito. Leia o artigo de Beting clicando aqui.

Sempre botafoguense



Fiquei muito feliz e honrado com o convite do meu amigo Álvaro para colaborar com este blog. Quanto mais ao ver a companhia de alvinegros da mais alta estirpe aqui de nossa cidade.

Quero inicialmente dizer que não ando vendo os jogos do meu Botafogo com a frequência de outrora. Confesso que tantos dissabores e decepções nos últimos anos talvez tenha me deixado mais desconfiado do que um botafoguense normal já é. Mas nunca menos apaixonado. Vi os lances do jogo de hoje aqui na postagem abaixo do Wesley, e realmente mais uma vez fomos prejudicados. Já está ficando chato isso. E não adianta falarem que somos chorões ou algo do tipo. Deixemos as paixões um pouco de lado, e analisemos os vídeos dos 2 últimos jogos. Do jogo de hoje que, repito, só vi os melhores momentos, algumas constatações: tomara que o Jefferson entre logo em forma, porque não aguento mais esse tal de Castilho. Nossa defesa é fraca, mas me orgulho de ter no meu time um jogador como Leandro Guerreiro. E aí está minha única alegria na partida de hoje: o gol que Guerreiro fez!! Mas não dá para continuar perdendo pontos bestas dentro de casa. Infelizmente vejo um time sem muitas forças para reagir, já que as vitórias não acontecem.

A rodada não nos ajudou em nada e é preciso urgentemente voltar a vencer. Mas caso isso não aconteça, continuarei a ser um apaixonado alvinegro!! Sempre!!!!

Os botafoguenses têm o direito de reclamar


O Botafogo ficou marcado em 2008 pelo episódio do 'chororô', na final da Taça Guanabara, quando o time da estrela solitária perdeu o título para o Flamengo de virada. O Botafogo foi para o intervalo com a vitória. Mas no segundo tempo, o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou um pênalti duvidoso em Fábio Luciano. O Flamengo empatou com Íbson. E aos 46 minutos, Diego Tardelli marcou o gol, que sacramentou o campeonato para o rubro-negro.

Naquela oportunidade, os jogadores do glorioso choraram depois da partida. Fato explicado depois pelo amor que aqueles atletas tinham pelo clube. Um exemplo é que cada jogador tinha um armário com o escudo e as cores do Botafogo. Muitos condenaram a atitude dos botafoguenses. Até mesmo do então presidente Bebeto de Freitas, que também teria chorado. O grito da torcida foi deturpado pelos adversários, com o intuito de calar nossos torcedores.

O objetivo maior dos que insistiram em qualificar o episódio como choradeira foi o de inibir as reclamações dos botafoguenses contra as arbitragens suspeitas. Como no jogo contra o Corinthians no Pacaembu, em que o atacante do time paulista, Dentinho fez o gesto do chororô, incentivado por Souza, o mesmo que 'inventou' a comemoração. Souza pagaria pelo que fez. O Flamengo seria eliminado humilhantemente da Libertadores em pleno Maracanã.
Se contra o Corinthians, Lúcio Flávio se incubiu de fazer a justiça no placar, desta vez foi Leandro Guerreiro, que acertou um chute que tentava há muito tempo.

Para se ter uma idéia de como o juiz do jogo deste domingo interferiu no resultado da partida, basta o fato de o presidente Maurício Assumpção, que não tem o costume de falar, ter vindo a público para reclamar. Fez certo. Não pode o Botafogo se inibir de reclamar da arbitragem. Até porque o time tem mostrado garra e tem merecido vencer. Hoje contra o Grêmio, mais grave do que a bola que saiu, foi o pênalti não marcado. Para os que consideram que o jogador gremista não teve a intenção de colocar a mão na bola, vale a regra de que ele desviou a trajetória da bola. Tudo bem. No final, as coisas dão certo.

Arbitragem prejudica e Fogão fica no 3x3 com o Grêmio

Foto: Satiro Sodré/Site Botafogo
Segue a sina botafoguense: tropeçar em casa. Permanece a rotina dos repetidos empates. São 11 em 22 jogos. Impressionantes 50%. Com as minguadas quatro vitórias somadas aos sete resultados negativos, lá vai o alvinegro fechar mais uma rodada do Brasileirão esquentando lugar na zona do rebaixamento.

Tudo bem, dirão os otimistas: foi um emocionante 3x3 com o potente Grêmio, candidato, ao contrário do Botafogo, a uma vaguinha na Libertadores. Balela! Péssimo negócio. Era jogo para vencer e escapar do grupo da morte. Duas vezes à frente no placar, o time não conseguiu manter o resultado.

Vi todos os gols atentamente. No segundo do Grêmio a bola saiu escandalosamente pela linha de fundo no cruzamento para Jonas marcar. Nem juiz, nem bandeirinha assinalaram. E o terceiro, que vergonha! O atleta gremista, ele sim, fez falta em Alessandro. O árbitro entendeu o contrário. Souza bateu, lá da linha lateral. Ninguém cortou, Castillo olhou e a bola escorreu para o fundo das redes.

Há, evidentemente, fatores positivos na atuação. A equipe não jogou mal. Vacilou em momentos críticos e foi prejudicada pela arbitragem em dois lances fatais. Reinaldo, mais recuado, foi bem. Michael, enquanto teve pernas, também. Victor Simões desencantou e Leandro Guerreiro, contando com o resvalo na perna do adversário, marcou um golaço em lindo chute, já aos 43.

Agora tem o Atlético Paranaense, quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Estevam Soares sinaliza com time misto. Jefferson deve estrear no gol. Indo bem, é candidato a ficar definitivamente com a camisa 1. E no fim de semana, parada duríssima: o Sport, sábado, em Recife. Vem mais sofrimento por aí!

domingo, 30 de agosto de 2009

E ninguém cala esse nosso amor...

Fogo, Botafogo, Fogão... Há maneiras e maneiras de se dirigir ao Glorioso. O importante, sempre, é lembrar exatamente isso: o Botafogo é um clube Glorioso. E não lá do passado, de 1910, como costumam gozar nossos adversários. O Botafogo é Glorioso em toda a plenitude de sua história. Mesmo durante os 20 anos sem conquistar um único título. Neste período, se engrandeceu ainda mais.

Foi ali, durante 1969 e 1989, que me tornei botafoguense. Exatamente em 1978, com apenas oito anos de idade, por influência do amigo e vizinho Gustavo, cuja família toda é alvinegra. Desgosto do meu pai flamenguista? De modo algum. Ele enxergou o gesto nobre da escolha. Afinal, torcer por qualquer outro carioca seria bem, bem mais fácil. Todos, virava-e-mexia, ganhavam alguma coisa.

Não sei descrever o sentimento naquele gol de Maurício. Já aos 18 anos, eu ainda não tinha visto meu time do coração ser campeão. Foram 10 anos de angústia entre o final da infância e durante toda a adolescência. Como morava num alojamento da Cedae em Iguaba, Região dos Lagos, onde trabalhava, por força das circunstâncias assisti a partida pela televisão de um operário da empresa. Rubro-negro, como os demais telespectadores daquele dia.

Vibrei quando a bola estufou as redes. Ao redor, quase fui fuzilado com os olhos por mais de 15. Ao apito final, o dono da TV se levantou, disse “chega” e desligou. Só vi muito depois a comemoração. Saí quieto, por precaução da integridade física, e comemorei sozinho, já deitado, junto ao travesseiro. Não consegui chorar. Não acreditei. Ao acordar, corri à banca para comprar o Jornal dos Sports. Estava lá. Era verdade.

Me orgulho de ter presenciado, depois, vários outros triunfos. Me orgulho de ter resistido a tantas sacanagens de amigos e colegas de trabalho. Me orgulho de ter ficado junto do Botafogo, mesmo em minha discreta torcida solitária, até no rebaixamento à Segunda Divisão do Brasileirão. E também agora, nesse fatídico tri-vice do Estadual. Me orgulho de estufar o peito e dizer, bem alto: sou botafoguense. E ninguém cala esse nosso amor!