domingo, 6 de fevereiro de 2011

Joel pensa pequeno

A filosofia popular, recheada de frases de efeito, expõe algumas verdades. "O medo de perder tira a vontade de ganhar" é um exemplo. Cabe em diversas situações, especialmente numa disputa esportiva. Infelizmente, parece ser o caso do técnico Joel Santana. Ele rechaça a alcunha de treinador retranqueiro, mas tem, sim, metalidade defensiva. Pode ser o receio de perder o emprego, talvez. Sendo assim, entre alternativas de jogo sempre opta pela qual julga correr menos risco. Vide o fato de o time atuar, sempre, até mesmo diante de adversários fraquíssimos, com três zagueiros. Invariavelmente, ao menos durante todo o primeiro tempo.

Frasista, geralmente simpático e cheio de ginga, Joel, claro, apresenta uma explicação para a situação. Diz ele que a equipe está adaptada ao sistema, joga assim desde o ano passado, etc... Só se irrita quando a imprensa, e os próprios jogadores, expõem opinião diferente de suas teses. Loco Abreu, após o jogo de estréia na Taça Guanabara, e o goleiro Jefferson, depois do empate com o Bangu, falaram com todas as letras que a postura precisa mudar. Só Joel não vê. Ou, para seu comodismo, finge que não vê. Prefere insistir na fortíssima marcação, em chutões para todos os lados, numa correria desenfreada atrás do adversário, em detrimento a posse de bola.

Logo mais, contra o Fluminense, é bem possível que Joel execute mais uma de suas experiências táticas. Ele já sinalizou que pode sacar o lateral Márcio Azevedo para colocar Somália na ala esquerda com o único intuito de evitar os avanços do lateral Mariano, do Fluminense. Significa tirar do time um jogador com reconhecido potencial ofensivo e que, por certo, com suas investidas, inibiria o adversário em atacar tanto, para fazer uma improvisação tendo como objetivo suportar uma pretensa pressão pelo lado do campo. Isso sem falar que Márcio Azevedo, reforço muito aguardado, estreou oficialmente na rodada passada e foi um poucos a se salvar na pífia atuação do time.

Joel não cogita, nem de longe, tirar um zagueiro para diminuir os espaços um pouco mais à frente. Com Marcelo Mattos, Arévalo (ou Éverton) e Somália no meio, o Botafogo teria chance de equilibrar as ações no setor. Com dois marcadores e apenas Renato Cajá na função de organizar o jogo, fica difícil. O Fluminense joga com Edinho e Valencia (ou Fernando Bob), dois volantes. E Souza e Conca como apoiadores. Possivelmente Joel têm funções bem definidas para Marcelo Mattos e o outro cabeça-de-área, seja ele qual for: grudar nos articuladores tricolores. Não é difícil prever que o Botafogo vai correr atrás do Fluminense. Tomara não corra, também, atrás do placar.

Um comentário:

  1. We have opened the scoring, we let them turn and, like last year, We turned the game.

    Litle Caja the glories, the best in the field; Lo Cavadita; He Re Was, author of the winning goal and Thomas Jefferson Iceman.

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