domingo, 1 de novembro de 2009

Uma vitória em preto-e-branco

Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm
Nos faz bem gostar de futebol. Esse jogo de 11 contra 11, inventado pelos britânicos e imortalizado por geniais brasileiros. O coração dispara quando a bola rola. São 45 minutos de tensão no primeiro tempo. Breve pausa para recuperar o ritmo normal dos batimentos cardíacos e novos 45 minutos de estafante emoção para nosso sistema cardiovascular. Vibramos, em determinados momentos, até por uma bola atirada para fora da linha de jogo.

E como é bom torcer pelo Botafogo. Pouco importa unhas roídas, socos ao vento, xingamentos diversos e pulos involuntários do sofá. Pouco importa se somos ou não favoritos do confronto de momento. Pouco importa se nosso gol salvador sai logo com dois minutos de partida. Ou se levamos 88 minutos de sufoco. Importa, sim, a grande exibição de nosso goleiro, a garra de nossos zagueiros, a raça de todo time. Importa a vitória.

Agora há pouco, contra o Internacional, contra o descrédito, contra o nervosismo e contra a péssima posição na tabela, lá estávamos nós, jogadores e torcedores, cada qual ocupando seu lugar nessa imensidão que é o Botafogo. Eles, os atletas, se desdobrando no gramado do Beira-Rio. A gente, aqui, do alto de nossa impotência esportiva, empurrando a equipe com mãos, pés e pulmões. Aos berros, quase aos prantos.

É como se Jéferson, Juninho, Wellington, Leandro Guerreiro e Léo Silva pudessem nos ouvir. E acho, espiritualmente, que nos ouviram, sim. Fizeram uma partida sensacional. Jéferson pegou tudo, fez cera, saiu do gol feito um gigante ... Juninho nos brindou com seu golaço de falta e uma atuação soberba. Teve bela escora em Wellington, sóbrio, do alto de sua juventude. Leandro Guerreiro e Léo Silva, multiplicaram-se, em espetacular jornada.

Destaque também para Thiaguinho, Diego e Lúcio Flávio pela entrega. Fahel continua sendo Fahel. André Lima quase pôs tudo a perder com sua expulsão besta. E Jobson não soube aproveitar, talvez pela inexperiência, as enormes brechas cedidas pelo Colorado. Victor Simões continua sendo Victor Simões. E a fantástica torcida alvinegra continua sendo cada vez mais apaixonada. Afinal, “tu és o Glorioso; não podes perder, perder pra ninguém”.

Um comentário:

  1. "Como é bom torcer para o Botafogo". E como é bom constatar isto, Álvaro. É nessas horas que damos valor ao nosso time. Juninho mesmo falou. O grupo é ótimo. Está unido. Como diz a música de Beth Carvalho: "Esse é o Botafogo que eu gosto".

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