quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Placar mentiroso

Como diria Túlio Maravilha: “Quem ganha comemora, quem perde se explica”, ou algo do tipo. Definitivamente, o Botafogo não merecia o resultado de ontem (quarta-feira, 18). Poderia ter saído do Mineirão pelo menos com um empate. Até uma vitória não seria de se surpreender. Tivemos mais volume de jogo, mas pecamos em lances decisivos. Primeiro, na cobrança de escanteio no finzinho do 1ºtempo. Dois jogadores ficaram marcando Dedé e deixaram Nilton livre, que se deslocou e marcou um bonito gol.

No início da etapa final tivemos a chance de empatar no pênalti cobrado por Seedorf, que desperdiçou a oportunidade chutando para fora. O gramado estava molhado e esta pode ser a desculpa do holandês, que parece que escorregou. Bateu mal na bola, meio que com o tornozelo. Não pode um craque como ele fazer uma coisas destas. Mas sabemos que ele é humano e tem o direito de errar. Tem crédito.

O Botafogo continuou com mais posse de bola. Júlio Baptista entrou no Cruzeiro, tirou Renato de campo, numa dividida em que o jogador do Botafogo se deu mal. E se já não tínhamos um zagueiro titular, ficamos sem um volante. O juiz quis compensar marcando pênalti para o Cruzeiro em jogada que o comentarista de arbitragem Renato Marsigla disse que não houve pênalti. Júlio Baptsita cobrou, Jéfferson quase pegou e o Cruzeiro ampliou a vantagem. 

No final, Júlio Baptista fez mais um, fechando o placar em 3 a 0, placar este que o Rafael Marques comentou muito bem na entrevista pós jogo de que quem não viu o jogo vai pensar que foi fácil para o Cruzeiro. Não é verdade. Tivemos bons momentos no jogo, só não conseguimos aproveitar as oportunidades criadas, como com Lodeiro e Elias no 1º tempo.

Agora são 7 pontos do líder, diferença que pode muito bem ser tirada, considerando-se que o Cruzeiro tem duas partidas difíceis fora de casa nas duas próximas rodadas, contra Corinthians (em crise) e Inter. O Botafogo terá seis dos seus próximos oito jogos no Rio, sendo os três clássicos, contra Fluminense, Flamengo e Vasco; e um jogo fora de casa contra o já rebaixado Náutico.

Wesley Machado

2 comentários:

  1. Wesley, podíamos sim ter saído na frente do marcador na 1ª etapa e isso mudaria a história do jogo. Além das duas chances citadas por você, ainda teve um chute de Rafael Marques, que resvalou no adversário, subiu e quase encobriu o goleiro. Seedorf infelizmente esteve apagado ontem e isso também fez diferença. Ele está desgastado fisicamente e, pela idade, não pode atuar direto, com jogos em finais e meios de semana. Considero que Oswaldo ontem poderia ter colocado Octávio no lugar do holandês, já que são estilos parecidos e três atacantes sem a bola chegar fica difícil. Hoje no Bate-Bola da ESPN o Lúcio de Castro disse que a vitória do Cruzeiro não expressou a qualidade do Botafogo. Já o Mauro Cezar falou que o pênalti mal marcado a favor do Cruzeiro tirou qualquer chance de reação do Botafogo.

    ResponderExcluir
  2. André, ainda tivemos a chance com o Henrique na etapa final. Também penso que Seedorf deve ser poupado às vezes. Não tem condições de jogar duas vezes por semana. Ontem, veio sozinho de avião, enquanto o restante da equipe veio de ônibus.

    ResponderExcluir