sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dois iluminados

Foto: Álvaro Marcos
Treze de julho passado. Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro. Noite especialmente gloriosa. Péris Ribeiro, craque das letras, lança edição revisada e ampliada de seu “Didi, o Gênio da Folha Seca”. Entre prateleiras e estantes, corredores abarrotados de gente ávida pelo autógrafo do escritor campista, fã incondicional de seu conterrâneo esportivo mais ilustre e a quem homenageou novamente com o livro em segunda edição.

Lá estava eu, munido de minha Sony H-9. Máquina semi-profissional nas mãos do amador das lentes que sou. Mesmo do alto de minha falta de recursos fotográficos, não perderia a oportunidade de registrar aquele momento histórico. Tudo documentado, poderia, pensei, ver e rever o material dezenas, centenas, milhares de vezes. Sempre quando a emoção batesse forte. Trouxe as valiosas imagens como quem carrega um pote de ouro.

Nesta foto aí de cima, exemplo de registro magnífico naquela ocasião. Não pela beleza plástica da fotografia, não. O incalculável valor está nos personagens clicados. À esquerda, Amarildo, campista como Péris Ribeiro e Didi, apelidado “Possesso” por conta da quase inacreditável velocidade. Defendeu brilhantemente Botafogo e Seleção Brasileira; foi fundamental na conquista da Copa de 62. Do outro lado, o jornalista boníssima-praça Luiz Costa. A claridade sobre eles não é à toa. São, de fato, dois botafoguenses iluminados.

5 comentários:

  1. Se o Luiz não fosse este "armario", eu faria uma montagem com a minha foto ao lado do Amarildo. Bons tempos aquele do Botafogo quando tinha Amarildo, Didi, Garrincha, Nilton Santos, etc. Hoje, rumo a segunda divisão.

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  2. Soube que o Botafogo vai fazer uma homenagem ao campista Amarildo com uma camisa comemorativa. Depois de Nilton Santos (6), Maurício (7), e Mendonça (8), chegou a vez do "Possesso", que vestia a 9 (foi artilheiro do Carioca de 61). Na Seleção usou a 20.

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  3. Atualizando: Jairzinho (7) e Paulo César Caju também foram homenageados com camisas comemorativas. Detalhe: todos estão vivos.

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  4. Bons... ótimos tempos! Cheguei a ver Mendonça jogando. Nossa, que craque. Sabia tudo e algo mais. Maravilhoso. Valia por uns 15 Lúcios Flávios, brincando.
    Amarildo, além de merecer todas as honrarias botafoguenses, tem de ser homenageado em Campos, sua terra natal. É obrigação desta terra fazer isso.
    Aliás, que figura, que humildade. Nunca vou esquecer que agradeci a ele por uma foto neste dia aí, do lançamento do livro de Perinho.
    Do alto de uma simplicidade inacreditável, ele virou para mim e disparou: "obrigado de que? eu é que agradeço". Quase chorei. E quase choro quando lembro disso. Um dia, ainda, vou chorar por inteiro.

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