Sou de um tempo em que o sujeito via ou ouvia o jogo do time do coração. Ou fazia as duas coisas. Via pessoalmente, lá no estádio, na arquibancada - ou geral - de alvenaria. Quente feito caldeirão do inferno! Podia ouvir, também, radinho de pilha colado ao ouvido e trocando de posição na medida em que a orelha ficava dormente. Ou só ouvia, de casa, do carro, do trabalho, no motel, sei lá de onde... Mesmo balé aparelho-orelhas, fora o automóvel e o quarto dos prazeres, claro!
Veio o advento da TV. Ver e ouvir ao mesmo tempo, no conforto da poltrona. Chegou a época do “ler”. Sim, ler! Quem não dispõe de Pay-per-view, como eu, paga pela pobreza. E lê. Coisa do jornal do outro dia, antigamente. Lê no site preferido, em tempo real. O bônus é um vídeo ou outro, mostrando um lance aqui, ali... Como de costume, “li” o Botafogo hoje. Vitória diante do Grêmio Prudente, no 1x0 magrinho feito Maicosuel, autor do gol.
Podia ser mais pelo simples fato de Grêmio Prudente não ser nome de time. Prudente, não! Por favor. Prudente no futebol é o mesmo que freira no puteiro. Com todo respeito aos lados citados. Ano passado era Barueri. Trocou de cidade, mudou de nome. Já pensou se o Botafogo fizesse o mesmo na época do Caio Martins, em Niterói? Deus me livre! Time que muda de nome não é time nem na pelada de rua de paralelepípedo. Se não vira vôlei ou basquete.
O tal “Grêmio Prudente”, e faço questão destas aspas aí, pressionou com o arisco Henrique Dias. Jefferson, “São Jefferson”, “Selecionável Jefferson”, salvou. Ô goleirão que a gente tem, sô! Justiça seja feita: pelo que li, o primeiro tempo foi todo do “clube sem identidade”. Joel, sábio, mudou certo desta vez. Tirou Herrera, pôs Edno. Sacou Loco Abreu, lançou Renato Cajá. Loco reclamou, protestou. Louco! “Papai” deu bronca. Merecida.
Sem Jobson, nosso melhor jogador, creio indiscutivelmente, Maicosuel precisava assumir a postura de atacante veloz. O fez. Quem acioná-lo? Renato Cajá. Na leitura perfeita de Joel do xadrez prudente (ou seria prudentino?), veio o gol. Vieram os três pontos. Chegou o G-4. Sofrido, suado, como quase toda conquista alvinegra por menor e mais simplória que possa parecer. É assim. Sina. Adranalina. Paixão e amor. Desse jeito.
Que venha o Grêmio de Renato Gaúcho. Depois, Santos. Jobson de volta e já o São Paulo, na segunda rodada do returno. Três grandes clássicos, dois em casa. Caminhada difícil, adversários duríssimos. Prova de fogo que precisamos ultrapassar. Talvez seja um limite entre o razoável desempenho apresentado até agora, o bom time que temos e a grande meta que desejamos. Vinde, desafios! Que tenhamos força suficiente para suplantá-los.
nota de quem viu o jogo: JOel mexeu errado, DE NOVO! Alessandro (quem mais) no 2º tempo jogou no meio campo e Somália de ala direita. Quem você tiraria para pôr um meia, precisando vencer: um volante ou um atacante? Bem, Renato, que foi o melhor em campo depois que entrou, salvou a bunda do Joel, mas ninguém mexe com o "presidente", ele pode até discutir com Joel, o Loco e ninguém mais pode, pode ater desaparecerr em campo, mas ninguém mexe com o "presidente"!!!
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