segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Reubes, Raul Seixas e Botafogo

Foto: Álvaro Marcos
Agosto de 2009. Fim de mês, dia 28. Palácio da Cultura, Campos. No palco, Reubes Pess num ótimo Tributo a Raul Seixas. Entre “Ouro de Tolo”, “Gita” e “O Trem”, não necessariamente nessa ordem, andei de um lado a outro, lata de cerveja na mão, percebendo a reação do público.

Em situações opostas – eu aproveitando o que de melhor o momento proporcionava; e ele trabalhando – encontrei o companheiro Wesley Machado munido de bloquinho, caneta e idéias. A conversa já começou sobre “nosso” Botafogo, trôpego àquela altura no Brasileirão. Fase ruim, prato cheio pra quem escreve.

Papo vai, papo vem, Wesley comenta sobre a possibilidade de colocarmos no papel, ou melhor, na tela do computador, nossas opiniões e frustrações alvinegras. Pronto. Nascia ali, sob a voz de Reubes, tão botafoguense quanto nós, e as “bênçãos” de Rauzito, o Blog Estrela Solitária no Coração.

Dois dias depois, 30 de agosto do ano passado, estava no ar essa página. Com um nome que sempre achamos longo demais, porém de imenso significado. Na primeira postagem declarei meu amor a essa paixão chamada Botafogo. Logo no segundo texto, critiquei a arbitragem, tendenciosa a favor do Grêmio num empate em 3x3 no Engenhão.

E de nota em nota, chegamos a um ano. Foram 365 dias de pura adrenalina. De coração apertado, quase sangrando com as rodadas finais do Campeonato Brasileiro, lá por dezembro. Grito ecoando pela casa, pela rua, pelo bairro, com os gols decisivos de Jobson. Alívio pela permanência entre os grandes.

Dúvidas, incertezas e imensa tristeza com o drama de nosso herói, envolvido na penumbra das drogas que quase custou sua carreira. Ponto de interrogação com a chegada do atabalhoado grandalhão Loco Abreu, ídolo no Uruguai e desconfiança por aqui vide a frustrada passagem pelo Grêmio.

Desânimo com Estevam Soares, técnico que jamais esteve à altura do Glorioso. Ira com o mesmo Estevam após vexatórios 6x0 para o Vasco, em dia de Dodô, algoz daquele momento, ídolo num passado recente. Doeu muito. Ali, creio, o peito encolheu mais que na disputa pela sobrevivência na Série A.

Veio Joel Santana e seu espalhafato característico recheado de um otimismo que nos contagiou de cara. Lembramos de 1997, de Dimba, do título sobre o Vasco. Salve Joel! Resgatou nossa auto-estima, tão espezinhada nos últimos tempos. Veio o título da Taça Guanabara. Prenúncio! Um bom segundo turno, a Taça Rio e o triunfo sonhado. Demais!

Voltou Maicosuel, Jobson regressou, Loco Abreu foi para a Copa, Jefferson foi para a Seleção. Fahel e Lúcio Flávio deixaram o time. Eduardo deixou o clube! Tanta coisa boa, muitos motivos para festejar. Agora, nossa boa campanha e a ambição com a Libertadores 2011. Fatores que nem a inexplicável eliminação na Copa do Brasil é capaz de abalar.

Reubes, certamente, não imaginava o que aquele show iria desencadear. Pensava e incorporava Raul. Gesticulava e vestia-se como Raul. Eu e Wesley, envoltos naquela atmosfera “Cowboy fora da lei”, tivemos a iniciativa que agora completa seu primeiro aniversário cheia de histórias. Das boas! Viva Reubes e sua “Metamorfose Ambulante”! Viva Raul! Viva essa “Sociedade Alternativa” alvinegra! Viva!

Um comentário:

  1. Álvaro você sabia que o Paulo Coelho, que foi parceiro do Raulzito, era botafoguense? Eu disse era porque ele falou, se não me engano numa entrevista no Jô Soares, que não é mais. Não gosta mais de futebol.

    É o mesmo caso dos professores Aristides Soffiati e Carlos Freitas, este último, que é diretor do Arquivo Público Municipal, falou que quando o Botafogo vendeu a sede de General Severiano deixou de ser botafoguense.

    Não entendi. Afinal o Botafogo recuperou a sede em 95. E nem assim ele voltou a torcer pelo time? Estranho.

    Eu tô com o Gervásio Neto, que no seu primeiro post há exatamente 1 ano falou de seu amor infinito pelo legítimo Glorioso.

    Por falar em Glorioso lembro do Léo, do Blog Alvinegro Glorioso, que está sempre encontrando com os jogadores no aeroporto.

    Se não me engano foi ele quem falou que chegou a conclusão de que Raul tocava música de má qualidade. Me corrija se estou enganado, Léo.

    De qualquer forma, Álvaro, como você mesmo disse, o Blog nasceu num show em Tributo a Raul no Palácio da Cultura.

    E, por coincidência ou não, o cantor que fez o cover de Raulzito foi nosso amigo Reubes, botafoguense colaborador do Blog e que anda sumido. Vê se aparece Reubes!

    Vamos marcar de ver um jogo no Bar Terapias, do grande botafoguense Assis.

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