terça-feira, 25 de maio de 2010

Os pagadores de promessa

Fotos: Fabiano Seixas (com ajuda do controle remoto da máquina)
Sábado passado eu, Álvaro Marcos, Cássio Peixoto e Fabiano Seixas (popularmente conhecido como “Sepé”) caminhamos por cerca de 1h20. Saímos da frente do antigo clube da Telerj, na Pecuária, em Campos, e fomos até a localidade de Santa Cruz, mais conhecida por abrigar uma usina de cana-de-açúcar de mesmo nome.

Lá, em Santa Cruz, existe uma capela de Santa Rita de Cássia. Bom, e o que isso tem a ver com este Blog, destinado a tratar do Botafogo? A resposta é uma promessa feita por Cássio no finzinho do ano passado, quando o time balançava no Campeonato Brasileiro, com iminente risco de queda para a Segunda Divisão.

Nosso bravo colaborador, do alto de sua fé, jurou de pé junto ir andando até a igrejinha de Santa Rita mais próxima caso o alvinegro não fosse rebaixado. Nós outros, solidários botafoguenses, e diretamente beneficiados pela graça alcançada, acompanhamos Cássio numa espécie de cumprimento em grupo da palavra empenhada.

Não existe, evidentemente, comprovação da participação de Santa Rita no milagre. Mas quem, senhores, quem, entre nós, supersticiosos até o último fio de cabelo, vai duvidar que Santa Rita não esteve ali, pertinho de Jóbson, ajudando naqueles gols decisivos? Ou que não ungiu as luvas de Jefferson, quase tão abençoado quanto ela quando o assunto é defender o Botafogo? Não serei eu o herege.

Quanto à caminhada, em si, ocorreu tudo dentro dos conformes. Encontramos até, vejam só, dois ciclistas botafoguenses. Eles nos ultrapassaram nas imediações da AmBev (antiga Parmalat), bem no início do trajeto. Sem parar de pedalar, nos saudaram ao perceberem três sujeitos vestidos com a camisa do Botafogo - condição básica para ilustrar o feito.

Para nossa surpresa, a dupla descansava candidamente sob a sombra de uma árvore, logo na entrada de Santa Cruz, quando chegamos. Aí foi o momento de nos conhecermos, realmente. São senhores na faixa de 60 anos, botafoguenses inchados e saudosos de um tempo em que tínhamos Garrincha, Quarentinha, Nilton Santos e uma infinidade de outros craques. Não guardei, sinceramente, os nomes deles. Mas ficaram de passar aqui pelo Blog para contribuírem com fotografias antigas e comentários.

Já lá em Santa Cruz, facilmente achamos a capelinha. Agradecemos, estendemos uma bandeira alvinegra e voltamos. De ônibus. Porque ninguém é de ferro e o compromisso sacro-santo incluía apenas a ida. Ponderamos, baixinho, com Santa Rita, que outro sacrifício, em maior proporção, pode ser empenhado pelo título do Brasileirão deste ano. Ou, até, por uma classificação para a Taça Libertadores. Vamos aguardar e rezar muito.

3 comentários:

  1. Putz....fiquei com inveja agora!
    Estava tudo encaminhado para tb estar presente nessa, mas não pude comparecer.
    saudaçoes alvinegras

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  2. Valeu, Netão. Se o Fogão continuar nesse ritmo no Brasileirão, acho que em breve teremos mais promessas a cumprir. Tomara.

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  3. Também acabei não indo. Mas foi por uma boa causa.

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