segunda-feira, 26 de maio de 2014

Barbudinho e Carequinha

Ontem conheci não só um dos maiores, como um dos melhores escritores que este Brasil tem. Carlos Eduardo Novaes é o nome dele. Participei com o mestre, como diz o PC Guimarães, do Blog do PC, de uma mesa sobre o mito da imparcialidade no jornalismo esportivo na Semana da Imprensa da Associação de Imprensa Campista (AIC) na 8ª Bienal do Livro de Campos.

O PC também participou do bate papo junto do surpreendente César Oliveira, uma cara gente boa e ácido. Mas o destaque da noite no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto, o Cepop, um sambódromo, foram as histórias de Novaes.

Numa delas, ele contou que assim que entrou para a redação do Jornal do Brasil, o saudoso JB, foi escalado como repórter da editoria de esportes para cobrir o Botafogo numa excursão na América Latina no início de 1970 – os tempos eram difíceis – pouco antes da Copa do Mundo.

Num treino no Estádio Asteca, o da final contra a Itália, no México, Novaes completou o time reserva do Botafogo como lateral, tendo a incumbência de marcar o Paulo César Caju. O jovem jornalista comentou que ganhou Caju no grito. Ficava falando para o craque do Botafogo se ele, Caju, o driblasse ou fizesse alguma gracinha, ele, Novaes, escreveria que ele, Caju, tinha sido o pior do treino.

Mas a marcação cerrada durou até que Novaes colocasse a mão na bola dentro da área e cometesse o pênalti que resultou na vitória do time titular por 1 a 0.

 Reproduzo toda esta história contada pelo Novaes para dizer que no momento da palestra ontem (domingo, 25), o Botafogo jogava em Macaé, há cerca de duas horas de Campos e do Rio. Só quando Novaes autografava seu mais recente livro publicado, “A Invenção dos Esportes – Cronicas Olímpicas”, é que fui saber o resultado do jogo por meio do amigo André, do Blog Opinião Botafoguense: 1 a 1, com o Botafogo abrindo o placar no 1º tempo, gol de Sheik. André falou que quando o Botafogo levou o gol no 2º tempo - a partida virou 1 a 0 - pois bem, o Botafogo estava jogando bem.

O André me informou ainda que o técnico Vágner Mancini fez alterações na equipe que iniciou a partida, como as entradas de Lucas na lateral-direita e o deslocamento do Edílson para o meio-campo, ficando o Gabriel, que vem mal, no banco. E o Wallyson, de quem gosto, começou jogando no lugar de Carlos Alberto, machucado.

Não vi o jogo, mas como sou muito condescendente com o Botafogo, continuo achando que o Botafogo escreve certo por pernas tortas de Garrincha e que São Carlito Rocha sabe de todas as coisas.

Ao chegar em casa – sei que está errado mas considero chegar à casa muito pedante – pois bem, ao chegar em casa, ainda encontrei minha filha Luiza, de cinco anos acordada. Presenteei-a com um livro infantil e ela pediu para eu ler a história para ela. Eu tenho escondido os resultados dos jogos do Botafogo para ela, principalmente claro as derrotas – o que têm sido constante.

Mas ontem voltamos a conversar sobre futebol. Eu perguntei a ela se ela quer mesmo ser Fluminense. Ela agora cismou com isto, por causa do cachorrinho do vizinho tricolor, que se chama Fred, o cachorro. E aí a Luiza me disse que é Botafogo e Fluminense. Eu falei para ela que ela não pode ter dois times do mesmo estado, que são rivais. Ela ainda não entendeu. Encerrado o assunto por ora. Deixa para depois.

Hoje (segunda-feira, 26) pela manhã, fico sabendo pela minha esposa Nilcea, que está grávida de cinco meses, novamente de uma menina, que se chamará Júlia, pois bem, fiquei sabendo que a Luiza ontem comemorou o gol do Botafogo, que eu ainda não vi, então a Luiza comemorou o gol do Sheik quando o viu no Fantástico. Era chama o Sheik de carequinha.

 E por falar no Sheik encerro esta extensa crônica com duas piadas, porque antes de tudo é preciso ter bom humor. Um amigo tricolor postou no Facebook que “O Botafogo é igual ao Bob’s. A única coisa que presta é o Shake”! Rs! E outra, esta agora adaptada por mim. Prá mim o Botafogo tinha de mandar seu próximo jogo com mando de campo no Espírito Santo – O Maracanã já está cedido à Fifa para a Copa, o Engenhão continua interditado. Sabe por que? O Botafogo tem de mandar seu próximo jogo no Espírito Santo? Para ver se conhece Vitória! Rs!

Um abraço e saudações botafoguenses!

2 comentários:

  1. Wesley, no 1º tempo nosso sistema defensivo falhou muito, Bolívar perdeu uma bola de forma bisonha e por sorte o tal Souza desperdiçou. Equilibramos o jogo lá pelos 30 minutos.
    No 2º tempo o time voltou marcando bem melhor, não dava chances ao adversário, criamos algumas situações, como em uma boa troca de passes em que Wallyson demorou e não conseguiu finalizar.
    Logo após a saída de Bolatti e entrada de Souto, sofremos o gol em falha de marcação e em falha, ao meu ver, de Renan. Depois disso o time se perdeu, se desorganizou, além de mais uma vez ter demonstrado falta de preparo físico.
    Quando temos Sassá como opção para buscar a vitória, fica difícil.

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  2. André, vi os gols da partida hoje no Globo Esporte. O de Sheik foi um golaço. O do Vitória, realmente o Renan poderia ter interceptado o cruzamento. Tinha até esquecido que o Souza está no Vitória. Meu pai falou que para ele o Wallyson foi o melhor em campo!

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