domingo, 14 de abril de 2013

Preto e branco: as cores da nobreza

Sabem por que o Botafogo é alvinegro? A explicação está no artigo “Futebol é uma Profusão de Cores”, escrito por Tiago Buckowsky para o site “Canelada”. Leiam um trecho:

“Para o torcedor, as cores representativas de seu clube do coração são sagradas e as cores rivais são profanadas sem o menor pudor. A escolha de cores, em qualquer cultura, responde a certas condições históricas. No futebol não é diferente – a escolha de cores é elemento de grande importância na análise antropológica deste esporte.

Nas primeiras décadas – falamos aqui do final do Século XIX e início do Século XX – o futebol era praticado, na maioria das vezes, por uma elite privilegiada socialmente. Apenas duas cores eram consideradas moralmente aceitáveis – tudo que tocava o corpo deveria ser imaculado, representar pureza. Portanto a cor escolhida foi o branco. Tudo que recobria externamente o corpo dos personagens deveria representar nobreza e dignidade, portanto, escuro. Não à toa que surge, neste período, inúmeras equipes de camisas alvinegras”. 

As mais conhecidas que sabemos são a Juventus, fundada em 1897, a Udinese, também da Itália, fundada um ano antes; e o Newcastle, que é de 1882. Mas na Inglaterra, temos ainda o Notts Country, fundado 20 anos antes e o Grimsby Town (1878). Ainda na Itália, o Ascoli (1898) e o Siena (1904). Outros times alvinegros menos conhecidos são a Acadêmica de Coimbra, de Portugal (1876), o Borussia Monchengladbach (1900) e o Freiburg (1904), ambos da Alemanha. Na América do Sul, temos o Olímpia do Paraguai (1902), o Wanderers do Uruguai (1902) e o Boca (1905), da Argentina, que teve como um dos seus primeiros uniformes o alvinegro, que foi lançado como camisa comemomativa recentemente. Além do Botafogo (1904) no Brasil; temos Atlético-MG (1908); Corinthians (1910) e Santos (1912), completando os clubes centenários alvinegros.

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