domingo, 29 de janeiro de 2012

O Botafogo e as Ditaduras

O Botafogo e sua torcida foram os que mais sofreram durante a Ditadura Militar Brasileira. De 1968 – ano da publicação do Ato Institucional Nº 5 – até 1989 – ano da primeira eleição direta para presidente da República – o Botafogo ficou sem ganhar um título oficial. O ano de 68 foi tão barra que o título da Taça Brasil, reconhecido como Campeonato Brasileiro recentemente, só viria a ser conquistado em 1969. Em 89, pouco antes de Collor se eleger depois de derrotar Lula no segundo turno, o Botafogo poria fim a um jejum de quase 21 anos sem gritar “É Campeão”! E foram várias as oportunidades de soltar o grito de “É Campeão”. Em 1971, o Botafogo seria campeão carioca se não fosse roubado na final contra o Fluminense. No mesmo ano chegou à final do Brasileiro. No jogo contra o São Paulo, o Botafogo foi muito prejudicado, o que fez Sir Nilton Santos, então dirigente do clube, dar um soco no juiz Armando Marques. Em 1972, o Botafogo chega novamente à final do Brasileiro, mas perde o título para o Palmeiras. O clube segue montando bons times na década de 70 e no final da mesma década chega a ficar dezenas de jogos invictos, o que faz do Botafogo até hoje o dono da maior sequência sem derrotas do futebol brasileiro. Vem a década de 80 e, quando começam as manifestações pela abertura, que queriam geral e irrestrita, mas acontece lenta e gradual; pois lá está o Botafogo. Em 1984, no comício das Diretas Já na Candelária, no Rio de Janeiro, em meio a um milhão de pessoas lá está uma bandeira do Botafogo tremulando. A década já se encaminhava para o seu fim quando o Botafogo pôs fim a mais uma ditadura, a rubro-negra, que impunha às crianças a falácia de um time fabricado para ser unanimidade, com o intuito de formar uma massa burra alheia aos problemas do país. Por tudo isso é que o botafoguense é chamado de “sofredor”. Pois viveu na própria pele as dores da perseguição, tortura e falta de liberdade. Apesar disso, o botafoguense tem o direito, e isso ninguém tira dele, de dizer que seu clube, o Glorioso da Estrela Solitária, foi o que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira, o que mais teve artilheiros do Campeonato Carioca, que teve ídolos, verdadeiros craques, como Heleno de Freitas, Nilton Santos, Garrincha, Didi e Quarentinha.

2 comentários:

  1. A ditadura tinha sua preferencia. Apartir de 70 cria e comeca a inchar o campeonato brasileiro. A ligacao dos militares com o futebol chega ao ponto do Presidente Medice assistir a jogos de futebol no gabinete do diretor da Rede Globo Walter Clark, isso em 74, ele sairia da Globo e entraria oficialmente no flamengo em 78, ano da Frente ampla do flamengo.
    Quem foi a frente ampla?
    O jornal escrito e falado ja estava coordenado, a musica seria importante na massificacao, assim a somlivre em 78 lanca, jorge benjor com a banda do ze pretinho e o moraes moreira, com outra musica enaltecendo o flamengo. Falatava o principal veiculo da epoca e principal comunicacao do exercito depois da tv. O cinema eh logico. O canal 100 era perfeito, antes de todo filme tinha o hino do flamengo com a cena do Zico driblando e a torcida gritando em coro......isso eh lavagen .....bem. Temos que adimitir que foi muito bem pensado. Quem patrocinava o canal 100, a Caixa Economica, quem da dinheiro ao flamengo, a Caixa.
    O caso da pepeleta amarela, o dinheiro apareceu na conta do Leo Rabello, que na epoca era vice de esporte amador, na hora o Helal disse que o dinheiro era de torcedored, pois nao podia adimitir uma vasculhada da Caixa Economica nas contas para ver se era o dinheiro dela que estava sendo usado, como foi dito que o dinheiro era do torcedor, desculpa dada pela diretoria.
    A os militares e o flamengo. o que do patrimonio deles nao foi doado pelos militares. A sede da Gavea, o morro da viuva, doado e financiado por governos militares.
    Quem foi o tecnico do flamengo em 78? um filho de militar? nao pode ser, mas eh.
    Nao somos nada pertante este poder.
    Onde os juizes da dec de 70 e 80 estao trabalhando??

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