sábado, 30 de outubro de 2010

Nosso louco amor

Bruno Cantini/Photocamera
Sei poucas coisas na vida. Talvez apenas uma: o que é torcer pelo Botafogo. Ter essa estrela solitária dentro do peito, na ponta da língua e entre os neurônios estimula explosões de alegria, palavrões em profusão ou reflexões profundas. Se assemelha a um estado de espírito permanente de adrenalina constante. Fortes emoções.

Torcer para esse alvinegro tem colorido em preto-e-branco. Correria pode ser perfeita em pernas tortas. Uma única estrela brilha além de constelação inteira. Lágrima vira chuvarada. Verdades absolutas caem por terra. Bolas despretenciosas são golaços. Jogadores medianos se eternizam ídolos eternos. Amor e dor, quase inseparáveis.

Ontem foi data especial. Completei 40 anos. Ganhei da companheira uma bonita camisa do Botafogo. Cinza, esportiva, produto oficial do clube. Hoje, pouco depois, tornei o novo adereço amuleto. Deu certo. Vencemos. Sim, somos plural. Esse 2x0 no Atlético Mineiro teve sabor de desafogo. Desaforado seria perdermos mais pontos.

Fomos ao 51 da boa idéia, da boa iniciativa, da boa arrancada - quem sabe! Título é sonho distante, quase inatingível. Quase, para este Botafogo inexplicável, imponderável e incorrigível em sua mania de desafiar toda sorte de lógicas. Esperamos a Libertadores. Estamos vivos, sempre. E viva Joel, Edno e Loco Abreu, heróis de hoje! Viva!

Um comentário:

  1. Amigo Álvaro,
    Vc merecia este belo presente. O time jogou bem e como são 18 pontos a serem disputados, podemos sim sonhar com o título.
    Chega de empate!!! Rumo ao topo!!!
    saudações alvinegras

    ResponderExcluir