Foi lançado ontem, no Salão Nobre do Botafogo de Futebol e Regatas, com a presença dos campeões de 1989, o livro "21 depois de 21" , de autoria de Rafael Casé e Paulo Sampaio e que conta a história de botafoguenses ilustres e anônimos que vivenciaram aquela conquista histórica diante do Flamengo. A ideia do livro é ótima, mas o título do livro contém um equívoco histórico, visto que a conquista de 89 acabou com um jejum de títulos que durava não 21 anos, nem mesmo 20 anos, considerando-se que o último título havia sido conquistado na tarde de 04 de outubro de 1969, quando da vitória por 4 a 0 contra o Fortaleza, que deu o título de Campeão da Taça Brasil de 1968, adiada por conta do AI-5, implantado pela ditadura militar no Brasil. Vale ressaltar que o Botafogo ficou sem ganhar título justamente num dos períodos mais conturbados da história do Brasil, quando pessoas eram presas, torturadas, assassinadas ou desaparecidas. Muitos foram exilados, outros se auto exilaram. Um dos que sofreram muitas perseguições e que fez parte dessa geração foi o jogador Afonsinho, barrado pelo reacionário Zagallo porque teria deixado a barba crescer. Afonsinho também ficou marcado por ter sido o primeiro jogador que lutou a favor do passe livre. Foi de Afonsinho um dos gols na goleada contra o Fortaleza em 69. Os outros foram de Roberto Miranda, um dos representantes do Brasil na Copa de 1970; e dois de Ferreti. Confira ficha técnica daquela partida:
Muito bom.
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