terça-feira, 26 de setembro de 2017

O Botafogo e os botafoguenses se apaixonaram pela Libertadores

Foram sete meses e 19 dias de um amor intenso. A relação do Botafogo e sua torcida com a Copa Libertadores foi forte o bastante para deixar uma cicatriz no peito de cada jogador, comissão técnica, diretoria e torcedor. Uma dor imensa com a eliminação e, por ora, o fim do sonho do título inédito que elevaria o clube à galeria dos grandes campeões da América.

Virou clichê dizer que muitos não acreditavam. E não acreditavam mesmo. Desde a Segunda Fase, a chamada Pré-Libertadores, começou uma linda história de superação da desconfiança até mesmo de sua própria torcida, acostumada a desconfiar de tudo e de todos. O Niltão lotado em cada jogo em casa. Heróis improváveis como Pimpão, artilheiro do time na competição; e Gatito, que chegou a ser contestado no início após algumas falhas.

Alguns saíram pelo caminho, casos dos meias Montillo e Camilo e o atacante Sassá. Perdemos por contusão Aírton, autor do nosso primeiro gol na Libertadores 2017, um cartão de visitas e tanto. De sofrimento em sofrimento, fomos passando de fase e por momentos de intensa alegria. Foram várias as noites em que ficamos sem dormir depois de uma classificação emocionante. Guilherme se tornou amuleto. João Paulo marcou seu primeiro gol. Era um Botafogo diferente, que alegrava a gente.

O tal Botafogo que a gente gosta, que a gente conhece, cantado sempre que esse Botafogo travesso nos surpreende para o bem. Mas uma nova música surgiu nos estádios. Além do Niltão, no Chile, Paraguai, Argentina, Colômbia, Equador e Uruguai. E embalou os corações apaixonados dos botafoguenses. “Não se compara...” Realmente, esse Botafogo foi incomparável. 14 jogos e uma campanha de campeão. Em 2018 certamente tem mais. Com um desfecho diferente. Com festa, papel picado e taça levantada. Porque depois desse namoro estonteante, bem que merecemos ser correspondidos por esta paixão arrebatadora. Um caso de amor como esse merece um final feliz!

2 comentários: