Seedorf: humildade, simpatia e muita bola

Quem vê Seedorf falando que é embaixador de fair play da UEFA pode achar que o negão se acha, mas não. O craque do Botafogo é de uma humildade só. Desconsiderem seu jeito de andar, que para alguns pode parecer marra. Seedorf é a humildade em pessoa. Quando perguntado sobre o estado do gramado de Moça Bonita, Seedorf disse que já jogou em campos piores na Itália. Recentemente, por ocasião da interdição do Engenhão, falou que não teria problema, que se sentiu em casa em Moça Bonita. Quem iria imaginar que um jogador como Seedorf, tantas vezes campeão europeu, iria se render aos encantos do calorento subúrbio carioca. Mas é justamente por este calor humano que Seedorf se encantou. Ao justificar porque saiu pelo “portão grande” do estádio chamado “Proletário”, mas conhecido como “Moça Bonita”, o trabalhador apaixonado Seedorf afirmou que o público pedia o contato. E ele, mesmo depois da confusão da partida contra o Madureira, atendeu simpaticamente aos torcedores, uma lição para os marrentos que se acham craques. Além da humildade e simpatia, o cara joga muito. O que fez na partida contra o Madureira foi incrível! É impressionante como quando a bola cai nos pés dele, ele sabe o que faz com ela. E sempre sai alguma coisa boa e bonita. Por conta de sua injusta expulsão, esqueceram-se de comentar a grande exibição do surinamês naturalizado holandês naquela partida. Seedorf tem de ser endeusado sim, ao contrário do que defende certo apresentador de TV. Afinal, em terra de Rafinhas, quem tem Seedorf é rei!

Wesley Machado