segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Próximo compromisso
Confrontos Diretos
Números do Botafogo

Mauro Beting: "Botafogo é o mais prejudicado pelas arbitragens neste Brasileirão"
Sempre botafoguense

Fiquei muito feliz e honrado com o convite do meu amigo Álvaro para colaborar com este blog. Quanto mais ao ver a companhia de alvinegros da mais alta estirpe aqui de nossa cidade.
Quero inicialmente dizer que não ando vendo os jogos do meu Botafogo com a frequência de outrora. Confesso que tantos dissabores e decepções nos últimos anos talvez tenha me deixado mais desconfiado do que um botafoguense normal já é. Mas nunca menos apaixonado. Vi os lances do jogo de hoje aqui na postagem abaixo do Wesley, e realmente mais uma vez fomos prejudicados. Já está ficando chato isso. E não adianta falarem que somos chorões ou algo do tipo. Deixemos as paixões um pouco de lado, e analisemos os vídeos dos 2 últimos jogos. Do jogo de hoje que, repito, só vi os melhores momentos, algumas constatações: tomara que o Jefferson entre logo em forma, porque não aguento mais esse tal de Castilho. Nossa defesa é fraca, mas me orgulho de ter no meu time um jogador como Leandro Guerreiro. E aí está minha única alegria na partida de hoje: o gol que Guerreiro fez!! Mas não dá para continuar perdendo pontos bestas dentro de casa. Infelizmente vejo um time sem muitas forças para reagir, já que as vitórias não acontecem.
A rodada não nos ajudou em nada e é preciso urgentemente voltar a vencer. Mas caso isso não aconteça, continuarei a ser um apaixonado alvinegro!! Sempre!!!!
Os botafoguenses têm o direito de reclamar
Arbitragem prejudica e Fogão fica no 3x3 com o Grêmio
Tudo bem, dirão os otimistas: foi um emocionante 3x3 com o potente Grêmio, candidato, ao contrário do Botafogo, a uma vaguinha na Libertadores. Balela! Péssimo negócio. Era jogo para vencer e escapar do grupo da morte. Duas vezes à frente no placar, o time não conseguiu manter o resultado.
Vi todos os gols atentamente. No segundo do Grêmio a bola saiu escandalosamente pela linha de fundo no cruzamento para Jonas marcar. Nem juiz, nem bandeirinha assinalaram. E o terceiro, que vergonha! O atleta gremista, ele sim, fez falta em Alessandro. O árbitro entendeu o contrário. Souza bateu, lá da linha lateral. Ninguém cortou, Castillo olhou e a bola escorreu para o fundo das redes.
Há, evidentemente, fatores positivos na atuação. A equipe não jogou mal. Vacilou em momentos críticos e foi prejudicada pela arbitragem em dois lances fatais. Reinaldo, mais recuado, foi bem. Michael, enquanto teve pernas, também. Victor Simões desencantou e Leandro Guerreiro, contando com o resvalo na perna do adversário, marcou um golaço em lindo chute, já aos 43.
Agora tem o Atlético Paranaense, quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Estevam Soares sinaliza com time misto. Jefferson deve estrear no gol. Indo bem, é candidato a ficar definitivamente com a camisa 1. E no fim de semana, parada duríssima: o Sport, sábado, em Recife. Vem mais sofrimento por aí!
domingo, 30 de agosto de 2009
E ninguém cala esse nosso amor...

Foi ali, durante 1969 e 1989, que me tornei botafoguense. Exatamente em 1978, com apenas oito anos de idade, por influência do amigo e vizinho Gustavo, cuja família toda é alvinegra. Desgosto do meu pai flamenguista? De modo algum. Ele enxergou o gesto nobre da escolha. Afinal, torcer por qualquer outro carioca seria bem, bem mais fácil. Todos, virava-e-mexia, ganhavam alguma coisa.
Não sei descrever o sentimento naquele gol de Maurício. Já aos 18 anos, eu ainda não tinha visto meu time do coração ser campeão. Foram 10 anos de angústia entre o final da infância e durante toda a adolescência. Como morava num alojamento da Cedae em Iguaba, Região dos Lagos, onde trabalhava, por força das circunstâncias assisti a partida pela televisão de um operário da empresa. Rubro-negro, como os demais telespectadores daquele dia.
Vibrei quando a bola estufou as redes. Ao redor, quase fui fuzilado com os olhos por mais de 15. Ao apito final, o dono da TV se levantou, disse “chega” e desligou. Só vi muito depois a comemoração. Saí quieto, por precaução da integridade física, e comemorei sozinho, já deitado, junto ao travesseiro. Não consegui chorar. Não acreditei. Ao acordar, corri à banca para comprar o Jornal dos Sports. Estava lá. Era verdade.
Me orgulho de ter presenciado, depois, vários outros triunfos. Me orgulho de ter resistido a tantas sacanagens de amigos e colegas de trabalho. Me orgulho de ter ficado junto do Botafogo, mesmo em minha discreta torcida solitária, até no rebaixamento à Segunda Divisão do Brasileirão. E também agora, nesse fatídico tri-vice do Estadual. Me orgulho de estufar o peito e dizer, bem alto: sou botafoguense. E ninguém cala esse nosso amor!