domingo, 26 de abril de 2015

“Não era para ser”

Tudo certo, nada resolvido
Começo a gostar desse Renê Simões. Na entrevista coletiva após a derrota de 1 a 0 para o Vasco no primeiro jogo da final do Carioca 2015, o técnico do Botafogo lamentou os gols perdidos, falou que estava triste pelo resultado, mas mostrou-se satisfeito com a partida do time como um todo. “Não era para ser”, comentou um condescendente Renê.

Em outros tempos poderíamos considerar que estava fazendo discurso ensaiado, como costumam fazer vários treinadores, que tentam amenizar qualquer revés, enaltecendo os seus jogadores. Mas não foi só isso que Renê fez. Renê demonstra confiança no seu grupo, tanto que afirmou que contra o Fluminense aconteceu a mesma coisa – perdemos a vantagem.

Mas a melhor de Renê foi no final da entrevista. Um repórter disse que o Vasco já entraria na partida decisiva campeão. E Renê ironizou ao comentar que jogaria contra o “campeão” domingo que vem.

O otimismo de Renê serve para animar o torcedor botafoguense para ir na finalíssima, este que como bem declarou Juca Kfouri “é antes de tudo um depressivo”.

Renê também anunciou que irá poupar os titulares no meio de semana na Copa do Brasil contra o Capivariano em São Paulo. Atitude aprovada.

3 comentários:

  1. Em chances de gol, houve equilíbrio. O Botafogo também poderia ter vencido o clássico, assim como um empate não seria absurdo - talvez até um 2x2... Tive a nítida impressão, da metade do segundo tempo em diante, que o time estava satisfeito com o empate. Deu uma estocada ou outra dali em diante, inclusive com a bola na trave do William Arão. Não era, obviamente, o resultado esperado. Tampouco é desesperador. A equipe pode reverter, sim, no domingo que vem. E se não acontecer, será vice-campeã com muitos méritos. Vale lembrar que há três meses o Botafogo era um clube completamente arrasado financeiramente, contratava uma série de jogadores apenas razoáveis e duvidosos, tinha um técnico desacreditado e uma recém-eleita diretoria tateando em meio ao caos herdado da administração anterior. Em pouco tempo, o avanço, ao menos dentro de campo, é imenso. Inesperado, até. Já valeu pelo campeonato feito até aqui.

    ResponderExcluir
  2. O Álvaro tem toda razão.

    Wesley, estive no Maraca e pelo que vi dá sim para reverter a situação, precisando apenas de atenção na marcação (ainda deixamos muitos espaços) e no ataque (chances perdidas em decisões podem ser fatais).

    Não houve lances polêmicos, mas o árbitro irritou tanto a torcida, quanto os jogadores no Maracanã. Amarrou demais nosso jogo marcando inúmeras faltas para eles.

    ResponderExcluir
  3. Também vi o Índio operar o jogo do Botafogo, André. Estava claramente favorecendo o Vasco, marcando, como vc mesmo disse, várias faltas para o Vasco e quase nenhuma a nosso favor. Ainda assim, por incrível que pareça, a atuação dele não foi decisiva para interferir no resultado, que foi determinado pelas nossas falhas de conclusão e marcação, como vc tb bem apontou.

    E Álvaro, se chegamos até aqui, agora vamos até o final. Mas se formos trocar, claro que é melhor não sermos campeões do estadual para não nos iludirmos e, com reforços, fazermos um bom papel na série b!

    ResponderExcluir