quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Alvinegros no estaleiro

Quarta-feira passada. Meu filho está interndo com pneumonia no hospital Lília Neves. Eu estou, também doente, com febre de 38 e à espera do jogo do Botafogo. Não posso torcer, nem gritar. Xingar o juíz e orientar os laterais nem pensar. Gritar com Estevam também não tinha como. Coloqueimeu filho no colo e fizemos o ritual de todos os jogos, afinal nós somos alvinegros, então não podemos deixar de torcer. A mesma camisa, calça, meia e sapatos. Ele também usou a mesma roupa (mas a fralda da quarta-feira anterior não tinha como...). Kalel, estava tranquilo, apesar da febre. O menino conhece e sabe quando o jogo vai ser bom ou ruim. Do alto de seus seis meses de sofrimento alvinegro. Deu um sorriso com o gol de André Lima, e só. No segundo tempo se recusou a ficar sentado à frente da TV. Preferiu o sagrado leite de todas as horas. Doente, ficou sem paciência com os passes errados de Rodrigo Dantas, com a inoperância de Diego e com os erros da zaga. Perdeu a paciência com Vitor Simões, que ele já não gosta desde o Estadual, e pediu a entrada de Túlio Souza. Também não entendi porque, mas estou certo de que meu filho de seis meses, escalaria melhor o time que Estevam.
O jogo acabou, o Botafogo perdeu, mas levou. Meu filho ainda está doente e internado, e por conseguinte, eu também. Só nos resta torcer para que na próxima quarta-feira, o Botafogo nos encontre em casa. Garanto que se eu pudesse ter gritado no ouvido de Estevam as orientaçõe de Kalel, meu filho, o Botafogo teria jogado melhor. E a classificação teria vindo sem sustos.

Um comentário:

  1. Beleza de texto, caro Cássio. Lamento pelo Kalel e por você. Vão melhorar rápido, estou certo. E bem antes de quarta-feira estarão em casa. Quem sabe já domingo!!! Melhoras pra vocês. Estamos na torcida, sempre. Abração.

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