segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Bola, pobre bola

Foto: Site Botafogo
Passou assim, escorregadia, a bola neste Botafogo e Fluminense. Maltratada. Deu dó vê-la chutada de canto a outro, sem qualquer carinho. Foram pequenos afagos. Minúsculos. Como do tricolor Gonzáles, que, de tanto capricho, chutou-a para encontrar oposição na trave. Alívio. Competência maior teve Jefferson, goleiro alvinegro. Socou-a, em determinado momento, no limite que o cabe: a quina da grande área. Saiu-se bem ocasiões depois, afastando perigo iminente.

Ah, você, bola... Como tenho pena de ti. Esteve, bem verdade, pelos habilidosos pés de Jonatas, melhor alvinegro a tratá-la. Rodopiou, serelepe, também por Conca, tricolor que desfruta intimidade de ti. Foste pisoteada por inúmera gente, pobre bola. Mal têm eles noção do quanto és importante neste simplório jogo de futebol, na qual tens papel protagonista. Pudeste reclamar, irias destilar falácias maldizentes gramado afora. Não, não fizeste isso. Teu silêncio consola. A todos.

4 comentários:

  1. Belo texto Álvaro, digno de um Armando Nogueira.

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  2. Valeu. Quanto a comparação com mestre Armando Nogueira, menos, caro Wesley, menos...
    Abração.

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  3. Guardadas as devidas proporções, Álvaro.

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  4. Ah, agora sim, tudo posto em seus devidos lugares. Hehehehehe

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