Fogo, Botafogo, Fogão... Há maneiras e maneiras de se dirigir ao Glorioso. O importante, sempre, é lembrar exatamente isso: o Botafogo é um clube Glorioso. E não lá do passado, de 1910, como costumam gozar nossos adversários. O Botafogo é Glorioso em toda a plenitude de sua história. Mesmo durante os 20 anos sem conquistar um único título. Neste período, se engrandeceu ainda mais.
Foi ali, durante 1969 e 1989, que me tornei botafoguense. Exatamente em 1978, com apenas oito anos de idade, por influência do amigo e vizinho Gustavo, cuja família toda é alvinegra. Desgosto do meu pai flamenguista? De modo algum. Ele enxergou o gesto nobre da escolha. Afinal, torcer por qualquer outro carioca seria bem, bem mais fácil. Todos, virava-e-mexia, ganhavam alguma coisa.
Não sei descrever o sentimento naquele gol de Maurício. Já aos 18 anos, eu ainda não tinha visto meu time do coração ser campeão. Foram 10 anos de angústia entre o final da infância e durante toda a adolescência. Como morava num alojamento da Cedae em Iguaba, Região dos Lagos, onde trabalhava, por força das circunstâncias assisti a partida pela televisão de um operário da empresa. Rubro-negro, como os demais telespectadores daquele dia.
Vibrei quando a bola estufou as redes. Ao redor, quase fui fuzilado com os olhos por mais de 15. Ao apito final, o dono da TV se levantou, disse “chega” e desligou. Só vi muito depois a comemoração. Saí quieto, por precaução da integridade física, e comemorei sozinho, já deitado, junto ao travesseiro. Não consegui chorar. Não acreditei. Ao acordar, corri à banca para comprar o Jornal dos Sports. Estava lá. Era verdade.
Me orgulho de ter presenciado, depois, vários outros triunfos. Me orgulho de ter resistido a tantas sacanagens de amigos e colegas de trabalho. Me orgulho de ter ficado junto do Botafogo, mesmo em minha discreta torcida solitária, até no rebaixamento à Segunda Divisão do Brasileirão. E também agora, nesse fatídico tri-vice do Estadual. Me orgulho de estufar o peito e dizer, bem alto: sou botafoguense. E ninguém cala esse nosso amor!
Foi ali, durante 1969 e 1989, que me tornei botafoguense. Exatamente em 1978, com apenas oito anos de idade, por influência do amigo e vizinho Gustavo, cuja família toda é alvinegra. Desgosto do meu pai flamenguista? De modo algum. Ele enxergou o gesto nobre da escolha. Afinal, torcer por qualquer outro carioca seria bem, bem mais fácil. Todos, virava-e-mexia, ganhavam alguma coisa.
Não sei descrever o sentimento naquele gol de Maurício. Já aos 18 anos, eu ainda não tinha visto meu time do coração ser campeão. Foram 10 anos de angústia entre o final da infância e durante toda a adolescência. Como morava num alojamento da Cedae em Iguaba, Região dos Lagos, onde trabalhava, por força das circunstâncias assisti a partida pela televisão de um operário da empresa. Rubro-negro, como os demais telespectadores daquele dia.
Vibrei quando a bola estufou as redes. Ao redor, quase fui fuzilado com os olhos por mais de 15. Ao apito final, o dono da TV se levantou, disse “chega” e desligou. Só vi muito depois a comemoração. Saí quieto, por precaução da integridade física, e comemorei sozinho, já deitado, junto ao travesseiro. Não consegui chorar. Não acreditei. Ao acordar, corri à banca para comprar o Jornal dos Sports. Estava lá. Era verdade.
Me orgulho de ter presenciado, depois, vários outros triunfos. Me orgulho de ter resistido a tantas sacanagens de amigos e colegas de trabalho. Me orgulho de ter ficado junto do Botafogo, mesmo em minha discreta torcida solitária, até no rebaixamento à Segunda Divisão do Brasileirão. E também agora, nesse fatídico tri-vice do Estadual. Me orgulho de estufar o peito e dizer, bem alto: sou botafoguense. E ninguém cala esse nosso amor!
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