Foram sete meses e 19 dias de um amor intenso. A relação do
Botafogo e sua torcida com a Copa Libertadores foi forte o bastante para deixar
uma cicatriz no peito de cada jogador, comissão técnica, diretoria e torcedor.
Uma dor imensa com a eliminação e, por ora, o fim do sonho do título inédito que elevaria
o clube à galeria dos grandes campeões da América.
Virou clichê dizer que muitos não acreditavam. E não
acreditavam mesmo. Desde a Segunda Fase, a chamada Pré-Libertadores, começou
uma linda história de superação da desconfiança até mesmo de sua própria
torcida, acostumada a desconfiar de tudo e de todos. O Niltão lotado em cada
jogo em casa. Heróis improváveis como Pimpão, artilheiro do time na competição;
e Gatito, que chegou a ser contestado no início após algumas falhas.
Alguns saíram pelo caminho, casos dos meias Montillo e
Camilo e o atacante Sassá. Perdemos por
contusão Aírton, autor do nosso primeiro gol na Libertadores 2017, um cartão de
visitas e tanto. De sofrimento em sofrimento, fomos passando de fase e por
momentos de intensa alegria. Foram várias as noites em que ficamos sem dormir
depois de uma classificação emocionante. Guilherme se tornou amuleto. João
Paulo marcou seu primeiro gol. Era um Botafogo diferente, que alegrava a gente.
O tal Botafogo que a gente gosta, que a gente conhece,
cantado sempre que esse Botafogo travesso nos surpreende para o bem. Mas uma
nova música surgiu nos estádios. Além do Niltão, no Chile, Paraguai, Argentina,
Colômbia, Equador e Uruguai. E embalou os corações apaixonados dos
botafoguenses. “Não se compara...” Realmente, esse Botafogo foi incomparável.
14 jogos e uma campanha de campeão. Em 2018 certamente tem mais. Com um
desfecho diferente. Com festa, papel picado e taça levantada. Porque depois
desse namoro estonteante, bem que merecemos ser correspondidos por esta paixão
arrebatadora. Um caso de amor como esse merece um final feliz!
Sensacional, Wesley!
ResponderExcluirObrigado, Vitor.
ResponderExcluirAbração e Saudações Botafoguenses!