Já se tornou clichê criticar os empresários de jogadores, agora chamados de agentes. Mas não custa entrar mais uma vez no mérito do assunto. Vejam o caso do goleiro da seleção e do Botafogo, Jéfferson, que tem sido, certamente, influenciado pelo seu agente para não ficar no clube.
O Botafogo enviou por e-mail nesta terça-feira (6) uma proposta para o jogador e o agente argumentou que o e-mail foi muito curto, de apenas seis linhas. Como se o tamanho do texto fizesse diferença na negociação.
O que quer o agente do Jéfferson é ganhar em cima do Botafogo e do próprio jogador, que tem identificação com o clube e boa vontade de ficar.
Agora surge uma possível proposta do Santos e um argumento de que Jéfferson seria santista. Logo o Santos, que pelo que soube está com dificuldades financeiras.
Tudo para tirar do Botafogo um ídolo, que está acima de interesses particulares. O que representa o Jéfferson para o Botafogo é muito maior do que qualquer vantagem financeira.
O clube vive uma nova realidade financeira e vem apontando o caminho, que deveria ser seguido por outros clubes brasileiros.
Não pode um jogador ou um técnico de futebol continuar ganhando quase 1 milhão de reais.
O Botafogo estabeleceu um teto de R$ 50 mil, mas abriu exceção para Jéfferson que, pela sua qualidade e importância, ganharia aproximadamente R$ 400 mil.
Em vista do que ganha o trabalhador assalariado no país, R$ 50 mil já é muita coisa.
Gostamos de futebol, mas não podemos mais aceitar este inflacionamento.
Para o bem do futebol brasileiro, isto precisa mudar.
Afinal, depois dos 7 a 1, o futebol brasileiro precisa ser tratado de outra maneira.
Com mais cuidado, tudo bem que profissional, mas menos como negócio e sim como uma paixão que mexe com milhões de pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário