Depois da terceira derrota seguida e há quatro partidas apenas do fim do campeonato, precisando, pelo menos, de três vitórias para se livrar do rebaixamento, a vontade é de jogar a toalha. E olha que sou bastante fraco. Tanto que recorro à religião. Estou com meu avô internado, mas busco força na fé para acreditar que, em primeiro lugar, meu avô tricolor vai sair dessa e o Botafogo, mesmo que caia, vai sair do fundo do poço em que se encontra, pois como disse o ídolo Nilton Santos há exatos 10 anos, quando o Botafogo lutava para não cair e conseguiu permanecer na Série A: “Ser botafoguense é tolerar e ter a esperança de um dia melhor”.
O dia melhor agora
é a melhora do meu avô, repito, em primeiro lugar, e uma vitória do Botafogo na
próxima rodada. Vamos partida por partida. Teremos, obviamente, de secar os
adversários, pois não dependemos mais só de nós. Mas, como tem acontecido nas
últimas rodadas, os adversários têm tropeçado. O Botafogo encontrou várias
pedras pelo caminho e não só tropeçou, como rancou a unha, sangrou. Não quero
lamber a ferida. Sou condescendente e tratado até de ingênuo por resistir a
desistir. É isto que este time tem de fazer. O técnico que comandou o navio até
agora tem de ir até o final. Foi ele que começou o campeonato. E ele é um dos
responsáveis pelo possível náufrago, por mais que tenha tentado, de todas as maneiras, desviar do iceberg.
A barca foi esvaziando aos poucos. Agora
quem tem de tomar frente não do timão, porque a equipe é fraca, deve ser quem
tem coragem de enfrentar as tempestades. Garotos como este Andreazzi, que foi
homem hoje. De personalidade, o único pecado foi querer resolver as coisas
sozinho, o que provocou sua contusão. Precisamos de jogadores homens como
Jéfferson, que nos defende e é ágil na reposição de bola, com o objetivo de
buscar o gol e nos dar a vitória! Não queremos muleques, como Carlos Alberto,
que não tem seriedade para vestir a Gloriosa Camisa Alvinegra. Não precisamos
agora de Futebol Arte, precisamos de Futebol de Resultado. Precisamos vencer.
Precisamos de Gabriel, de Marcelo Mattos, até mesmo deste Bruno Corrêa, que em
pouco tempo em campo, criou alguma coisa. Precisamos, quem sabe, de Mamute, que
é forte, assim como deve ser o Botafogo. Precisamos de André Bahia, que – esse sim
– joga como homem, como tem de ser, sério. Até o Dankler tem surpreendido.
Precisamos de você garoto Régis, mas precisamos que você vá á linha de fundo,
acerte um cruzamento. E precisamos muito de você Jóbson. Cadê seu futebol?
Esperamos que volte há tempo.
Mas se nada der certo. Ou se alguma coisa der
errado, o Botafogo seguirá. E nós torcedores estaremos ao seu lado.
Independente de quem ganhar a eleição do clube. Independente do técnico do ano
que vem. Independente dos jogadores que forem contratados. Independente da
divisão em que o time estiver... Vamos continuar sofrendo. Vamos continuar tendo alegrias inesperadas quando estamos quase deixando a paixão de lado. Pois o Botafogo, costumo dizer, é surpreendente. E, quem sabe, ele não está preparando uma surpresa prá gente? Quem sabe o Botafogo não nos prega mais uma peça. Afinal no teatro, merda é sorte.
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