O motorista deseja uma boa viagem aos passageiros. E logo
reparo que ele é meu chará. Com a diferença do Weslley dele ser com dois “l”.
Na noite anterior, eu já não havia dormido direito. O nervosismo e a ansiedade
pela partida desta terça-feira tomava conta de mim. Mas era chegada a hora.
Voltaria ao Maracanã depois de oito anos, desde a final do Carioca de 2006
contra o Madureira, em que o Botafogo foi campeão.
Neste meio tempo, tinha visto o Botafogo do estádio algumas vezes, uma no Engenhão em 2011, outra em Macaé contra a Cabofriense, salvo engano em 2010; e outras vezes no Godofredo Cruz, quando o Americano ainda estava na 1ª divisão. Precisava afastar a desconfiança de ser pé frio, afinal em 2002, quando o Botafogo caiu para a 2ª divisão, estava morando em Niterói e fui em quase todos os jogos. E na única vez que fui ao Engenhão, o Botafogo perdeu.
Neste meio tempo, tinha visto o Botafogo do estádio algumas vezes, uma no Engenhão em 2011, outra em Macaé contra a Cabofriense, salvo engano em 2010; e outras vezes no Godofredo Cruz, quando o Americano ainda estava na 1ª divisão. Precisava afastar a desconfiança de ser pé frio, afinal em 2002, quando o Botafogo caiu para a 2ª divisão, estava morando em Niterói e fui em quase todos os jogos. E na única vez que fui ao Engenhão, o Botafogo perdeu.
Na entrada do estádio encontro com o amigo Ricardo
Mezavilla, que participou comigo do livro de crônicas “A Magia do 7”. Ele me
pergunta um palpite. Eu digo: 2 a 0. No começo, já dentro do estádio, fico um
pouco pensativo. Mas ao ouvir certo cântico da torcida, me empolgo, tiro a
camisa e começo a cantar.
Vai começar o jogo. Ferreyra é o último a entrar em campo, assim
como fazia Loco. Grito com ele: Hoje vai o sair o seu gol “El Tanque”. O jogo
começa nervoso. Muito sofrimento até que aos 30 minutos, Jorge Wagner chuta, o
goleiro dá rebote e “El Tanque” Ferreyra coloca para dentro. Do estádio parece
que ele está sem ângulo, mas vendo o replay do gol pela TV percebo que ele
estava bem perto do gol. Ele vibra muito muito e declara depois que “Foi como
um sonho”!
Para mim também foi como um sonho. Mas ainda tem o 2º tempo.
Penso: Bem que o jogo poderia acabar por ali. Mas ainda tem muito sofrimento.
Só que não. Logo no início da etapa final, Wallyson recebe uma bola na entrada
da área. Grito com ele: Vamos Wallyson, vamos Wallyson! E ele chuta bem, no
canto, para ampliar o placar. Estava selada a vitória sobre o campeão
argentino, o time do Papa. A torcida cantando na saída do estádio foi lindo e mostra que ela acredita e estará com o time nos outros jogos no Maraca.
E como disse Neto no Face antes do jogo de quarta-feira passada, que eu não pude ir, "se morresse hoje morreria feliz". Mas não morri. E não vou morrer agora. Porque o Botafogo também não morreu na praia. E se for assim vai longe. E precisamos de muita vida ainda para ver este time que honra a nossa camisa. Dá-lhe Fogão!
Wesley Machado
O seu testemunho e essa bela torcida que esteve no Maracanã nos dois jogos da Libertadores provam a miopia e a profunda injustiça que dirigentes, alguns jogadores e quase toda a mídiafizeram alegando que os torcxedores não iam ao estádio e não apoiavam, como se não fosse os dirigentes com boa gestão e o time com bons resultados que chamam a torcida. Aliás, todas as torcidas. Quando não lhes dão, as torcidas não retribuem, pela simples razão que um 'nada' não tem retribuição.
ResponderExcluirAbraços Gloriosos, companheiro PÉ QUENTE!
Belo texto, caro Wesley. Ainda iremos juntos ao Maraca nessa Libertadores. Um abração.
ResponderExcluirFala Wesley! Essa emoção sentida por você eu vivi no jogo contra o Deportivo. É demais mesmo. A galera deu show nos dois jogos. Ontem infelizmente não pude viajar para o jogo.
ResponderExcluirA torcida tem empurrado a equipe, havendo uma importante interação time/torcida.
Rui, meu pai falou que "Caiu no Maraca tá morto!"! Álvaro, vamos sim! Que tal irmos à Argentina? E André, como eu disse no texto, o mais bonito e emocionante foi a torcida saindo do estádio cantando.
ResponderExcluirWesley, na Argentina não vai rolar Mas contra Independiente ou Unión Española, acho que dá. Vou estar de férias nesse período.
ResponderExcluirBeleza então, Álvaro!
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