Meu passado me condena e a evolução da espécie

Calma gente! Nunca fiz a chamada “meinha”, nem desfilei no famoso bloco de carnaval de rua do Rio de Janeiro. É que meu irmão, Weverthon Machado, ovelha rubro-negra da família, divulgou no “face” fotos comprometedoras minhas com a camisa do mulambo. Devo a vocês uma explicação.

Realmente fui flamenguista na infância. Cheguei a comemorar o título da Copa União de 87 no chute de Bebeto na cara de Taffarel, mas o golaço de Cocada em 88 e o gol contra de Gonçalves somado ao golaço de Vitor em 89 me salvaram da mesmice e me fizeram obedecer à evolução da espécie. Sou a prova de que nem sempre “uma vez flamengo, flamengo até morrer”!

Os torcedores do time da beira da lagoa se satisfazem com um Raquiticozinho. Nós temos Seedorf! O cara que, quando faz três gols, pede Whitney Houston. Nem mesmo Loco Abreu – que pediu “Rebolation” - foi tão divinal!

Ser Flamengo é como ler só best-seller, é ser “Maria vai com as outras” ou como disse certa feita o tricolor Arthur Moreira Lima numa entrevista a mim: “Ser Flamengo é uma falta de personalidade”!

O botafoguense é diferente. Ser botafoguense é ser gauche na vida, é ter como ídolos um anjo torto como Garrincha e um louco como Heleno. É ter como guia uma estrela, que não é solitária, pois são milhões no mundo que a acompanham!

Ah! Meu, nosso Botafogo! De tantas glórias. Por isto que tu és o Glorioso e não poder perder, perder prá ninguém, muito menos para o Flamengo. Neste domingo acaba o jejum. Vamos assar o mais novo galinho! Sem volantes, mas firmes em direção a mais um dos tantos títulos que virão!

Escrito por Wesley Machado.